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Inteligência e diplomacia

Os recentes e explosivos desenvolvimentos nestas áreas irão, seguramente, levantar muitas questões filosóficas, morais e técnicas nas próximas décadas.

A ideia de desenvolver programas que se comportem de forma inteligente tem mais de sete décadas, e remonta pelo menos a meados do século XX. Durante décadas, cientistas e engenheiros confrontaram-se com aquilo que veio a ficar conhecido como o paradoxo de Moravec. O paradoxo, se assim se pode chamar, resulta da aparente dificuldade em conciliar duas observações. A primeira é que alguns problemas que exigem profundas capacidades de raciocínio, tais como demonstrar teoremas matemáticos ou jogar magistralmente jogos de tabuleiro, são, afinal, relativamente fáceis de programar num computador. A segunda é que muitas tarefas que não exigem qualquer esforço de raciocínio, tais como reconhecer a cara de um familiar ou conversar em língua natural, são extremamente difíceis de resolver através de um programa. Steven Pinker sumarizou o paradoxo, em 1994, dizendo que “a principal lição de 35 anos de investigação em inteligência artificial é que os problemas difíceis são fáceis e os problemas fáceis são difíceis”.

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