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Suíça vence Camarões com golo sem direito a festejos

No fim de um jogo muito equilibrado, valeu a frieza dos helvéticos, que viram Breel Embolo marcar o golo decisivo. O avançado não festejou, ou não tivesse ele próprio nascido em Yaoundé.

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Shaqiri e Freuler celebram o golo de Embolo, que valeu o triunfo à Suíça. EPA/LAURENT GILLIERON

O primeiro encontro de sempre entre Suíça e Camarões para o Grupo G do Mundial 2022 deu vontade de ver um novo embate entre as duas selecções, já que o jogo que proporcionaram foi animado e bem disputado. No Estádio Al Janoub, em Al-Wakrah, o herói da partida, Breel Embolo, optou por não celebrar o golo, por respeito ao país de origem.

A Suíça começou melhor, controlando a bola e pressionando até o guarda-redes adversário (Onana), impedindo por isso que os Camarões tivessem a bola. A equipa europeia explorava bem entre as linhas dos Camarões e fazia avançar vários jogadores no terreno. No entanto, quando a selecção orientada por Rigobert Song recuperava o esférico, chegava com mais critério à área helvética e causava muito perigo.

Ao longo da primeira parte, a equipa dos Camarões foi crescendo na partida, conseguindo equilibrar a posse de bola, e notava-se que, quando atacavam com velocidade, a defesa suíça tremia um pouco.

Até que, aos 35 minutos, em novo contra-ataque, os Camarões tiveram uma oportunidade de ouro, após um passe perigoso de Collins Fai, que só não deu em golo de Ekambi porque o lateral Widmer fez um corte precioso. Até ao intervalo, a Suíça ainda respondeu; num canto batido por Vargas, Akanji, desmarcado na pequena área, cabeceou, mas o remate saiu fraco e desviado da baliza.

A Suíça entrou bem na segunda parte e não demorou até chegar ao golo – progrediu bem com a bola no terreno, fazendo-a passar por vários jogadores, até que Shaqiri cruzou rasteiro para Embolo, que, sozinho, no coração da área, rematou para o fundo das redes. E depois não festejou, ele que nasceu em Yaoundé, Camarões, por respeito ao país de origem.

A equipa suíça, porém, continuou a pressionar e não estava satisfeita com a curta vantagem, obrigando os Camarões a retraírem-se no seu meio-campo.

O jogo ficou depois mais partido, com os Camarões a terem de perder o medo de arriscar, o que fez com que ambas as selecções deixassem para segundo plano a coesão defensiva, na ânsia de realizarem contra-ataques perigosos. Num eles, Widmer acelerou pela ala direita, colocou na área para Vargas e este desferiu um remate potente, mas permitiu uma grande defesa de Onana.

A Suíça acabou por conseguir colocar água na fervura que estava a ser o jogo e manteve a vantagem, com mérito, até ao final. Assim, a equipa começou da melhor forma o Mundial, num grupo que ainda tem Brasil e Sérvia. Já os Camarões foram uma equipa lutadora, mas ligeiramente inferior.

Texto editado por Nuno Sousa

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