Bienal de Lyon: a fragilidade como resistência, e o desenterrar de histórias

A badalada dupla de curadores Sam Bardaouil e Till Fellrath desenharam “um manifesto da fragilidade” em três capítulos para a 16.ª edição da bienal

Foto
"Wish You a Lovely Sunday" de Young-jun Tak, no Museu Guimet Vinciane Lebrun

No jantar de imprensa que antecedeu a abertura oficial da 16.ª edição da Bienal de Arte Contemporânea de Lyon, o curador Sam Bardaouil anuncia à mesa que quer contar uma história pessoal. Fá-lo em modo sprinter, mas a puxar à emoção. “Quando era miúdo, a minha mãe só me bateu uma vez. Foi quando cheguei da escola e lhe disse que não queria ir à festa de aniversário de um amigo porque a família dele era pobre. Deu-me uma chapada e atirou: ‘Ai de ti se discriminas alguém por causa do dinheiro que têm ou não têm, por quem são, pelo seu género, pela sua etnia, pela sua religião. Somos todos iguais porque vamos todos morrer’. Isto ficou comigo. Vamos todos morrer; todos somos frágeis, de alguma maneira, apesar de termos diferentes níveis de privilégio.”

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar