Com jogos de 100 minutos, este pode ser o Mundial mais “longo” de sempre

O elevado tempo de compensação tem sido uma constante deste Mundial. Até ao Dinamarca-Tunísia todas as partidas chegaram aos 100 minutos de jogo.

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As consultas demoradas do VAR são um dos motivos que explica os elevados tempos de compensação. LUSA/PAULO NOVAIS

Os primeiros seis jogos do Mundial 2022 tiveram um tempo total de compensação concedido pelos árbitros de 79 minutos – uma média de 13 minutos por jogo. Apenas o duelo entre Dinamarca e Tunísia (0-0) teve menos de 10 minutos de compensação (teve nove).

No entanto, esta é uma constante para a qual o ex-árbitro, e actual presidente do Comité de Árbitros da FIFA, Pierluigi Collina, já avisara.

Em conferência de imprensa organizada pela FIFA no dia anterior ao do início do Mundial, Collina afirmou o desejo de combater as perdas de tempo e o anti-jogo, o que pode explicar os longos tempos de compensação a que o Mundial tem assistido.

Em entrevista à ESPN, Collina deu um exemplo de “perda de tempo” que os árbitros devem ter em conta no final dos 90 minutos: “Se há três golos numa parte, provavelmente vamos ver quatro ou cinco minutos de celebrações”.

Para além disso, este é o primeiro Mundial de sempre em que cada equipa pode fazer cinco substituições (ou seis, em ocasiões excepcionais e que até já ocorreram), o que pode proporcionar mais prolongadas interrupções de jogo. Depois, as consultas mais demoradas do VAR também têm sido compensadas no tempo adicional no fim dos 90 minutos.

A assistência a dois jogadores lesionados explicou também o elevado tempo de compensação das respectivas partidas, como foram os casos de Alirez (do Irão) e Al-Shahrani (da Arábia Saudita).

Fazendo o balanço dos seis primeiros jogos do Mundial, aquela que teve maior tempo de compensação dado pelo árbitro foi o Inglaterra-Irão: 24 minutos. Já o encontro que teve menos tempo de “descontos” foi o Dinamarca-Tunísia: nove minutos.

Texto editado por Jorge Miguel Matias

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