Hannah Arendt: uma pensadora que amava o mundo
Hannah Arendt — Uma Biografia não propõe uma interpretação nova ou original das ideias que a pensadora elaborou. Quer pintar um retrato.
Na introdução de Hannah Arendt — Uma biografia de Samantha Rose Hill, a autora faz —nos notar que com a sua biografia não é a primeira que se escreve sobre Hannah Arendt, nem será a última. Na frase seguinte, mencionará, a propósito, Hannah Arendt: For The Love of The World de Elizabeth Young —Bruegel, a obra que — revelará — inspirou os seus propósitos: “dar a conhecer aos novatos a vida e a obra de Hannah Arendt (...) proporcionar aos leitores o retrato de uma mulher com uma vivacidade incrível e mostrar que ela se dedicou tanto à vida activa como à vida do espírito”, anuncia na pág. 21. Membro sénior do Hannah Arendt Center of Politics and Humanities, e professora no Brooklyn Institute for Social Research em Nova Iorque, Samantha Rose Hill está longe de falhar na demanda a que se entregou. As 242 páginas da sua biografia de Hannah Arendt deixam —nos um retrato mundano do que foi e de quem foi uma pensadora ou, se o leitor mais disciplinado desejar, de uma filósofa. Seguimos a sua vida (intelectual, sentimental, política e social) do seu aparecimento na Alemanha, em 1906 no seio de uma família judia laica, ao seu desaparecimento, no dia 4 de Dezembro de 1975, em Nova Iorque, já cidadã dos Estados Unidos, depois de um jantar em casa.
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