Paulo Raimundo, a continuação de uma era

Quem acreditou que o PCP aproveitaria o fim de ciclo para se reinventar enganou-se. Raimundo é mais um apparatchik da luta de classes do que um protagonista de uma ideia para o mundo digital.

Jerónimo de Sousa sai do PCP e da sua bancada e deixa como rasto uma onda de complacência simpática que se explica por duas razões: porque ele é um homem genuíno e coerente que, como o próprio disse, procurou “sempre fazer o melhor que sabia (...) nos valores éticos da honestidade, franqueza, fraternidade”; e porque o PCP se tornou com o curso da História uma fera envelhecida e amansada, incapaz de ameaçar direitos fundamentais da democracia liberal, papel que caiu nas mãos da extrema-direita.

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