Finlandês Hannu Lintu será o novo maestro titular da Orquestra Gulbenkian

O actual maestro principal da Ópera e Ballet Nacional da Finlândia sucede a Lorenzo Viotti.

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Hannu Lintu já tem um historial de relação com a Orquestra Gulbenkian DR

O actual maestro principal da Ópera e Ballet Nacional da Finlândia, Hannu Lintu, será o novo titular da Orquestra Gulbenkian a partir da temporada 2023/2024, sucedendo ao suíço Lorenzo Viotti, que assumira o cargo em 2018.

Nascido em Rauma, na Finlândia, em 1967, Hannu Lintu, com formação original em violoncelo e piano pela Academia Sibelius, de Helsínquia, vem colaborando regularmente com a Gulbenkian, tendo já dirigido a orquestra da fundação cerca de duas dezenas de vezes desde o primeiro encontro, em 2016.

Em comunicado enviado à imprensa, o director do serviço Gulbenkian Música, o também finlandês Risto Nieminen, destaca o “grande nível” do novo maestro da orquestra e a “grande cumplicidade” estabelecida com os seus músicos nas colaborações mantidas nestes últimos seis anos. “As actuações da orquestra sob a batuta de Hannu Lintu atingiram um grande brilhantismo pelo que estou certo de que esta contratação dará início a um novo ciclo entusiasmante e promissor.”

Após os estudos de violoncelo e piano, Hannu Lintu formou-se em direcção de orquestra, ainda na Academia Sibelius, com Jorma Panula, mentor de vários maestros finlandeses de destaque, como Esa-Pekka Salonen. Vencedor em 1994 do Concurso Nórdico de Direcção de Orquestra, em Bergen, foi durante oito anos maestro principal da Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa, antes de ser chamado a ocupar o mesmo cargo na Ópera e Ballet Nacional da Finlândia, onde, nota o comunicado da Gulbenkian, se tem destacado no repertório operático. No mesmo ano em que se encontrou pela primeira vez com a Orquestra Gulbenkian, em 2016, dirigiu uma produção de Tristão e Isolda, de Wagner, compositor a que regressou esta temporada, com O Anel do Nibelungo – pelo meio, dirigiu a Ópera e Ballet Nacional da Finlândia em obras de Richard Strauss, Alban Berg ou Benjamin Britten.

“Tenho trabalhado e actuado com a Orquestra Gulbenkian há já vários anos e cada concerto tem constituído uma imensa alegria”, diz Hannu Lintu no comunicado da Gulbenkian. “A atmosfera e a concentração são admiráveis e a música produzida é sempre gratificante. O grande auditório, e a Fundação Calouste Gulbenkian como um todo, oferecem um contexto único e inspirador para a música e para a arte. Aguardo com expectativa muitas temporadas repletas de momentos altos com os maravilhosos Coro e Orquestra Gulbenkian”.

Tendo dirigido esta temporada a Orquestra Gulbenkian no Concerto para Piano e Orquestra de Thomas Adès, Hannu Lintu e a orquestra de que será maestro titular voltarão a apresentar-se na fundação em Maio com um programa dedicado a Dmitri Chostakovitch.

Na temporada 2022/2023 estreou-se na direcção da Filarmónica de Nova Iorque e da Sinfónica de Atlanta. É maestro convidado da Filarmónica da Rádio dos Países Baixos, da Orquestra Sinfónica da Rádio Sueca, da Konzerthaus de Berlim, da Orquestra de Câmara de Lausanne e da Orquestra Sinfónica de Montreal.

Com vasta obra discográfica, foi distinguido, por exemplo, com dois prémios ICMA, os prémios internacionais da música clássica: o primeiro pelas gravações de Sibelius, com Anne Sofie von Otter, em 2018, o segundo pelos Concertos para Violino de Béla Bartók, com Christian Tetzlaff, em 2019.

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