MNE diz que não existem portugueses entre as vítimas de Seul

O Ministério dos Negócios Estrangeiros garante que está a acompanhar a situação e que não foram até agora identificados cidadãos portugueses entre as vítimas da tragédia ocorrida este sábado em Seul.

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Desastre em Seul matou mais de 150 pessoas durante festejos do Halloween este sábado Reuters/KIM HONG-JI

O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou este domingo que está a acompanhar os acontecimentos após a tragédia ocorrida nas celebrações do Halloween em Seul, na Coreia do Sul, mantendo o contacto com as autoridades locais. Fonte oficial do ministério disse à agência Lusa que não existe, até ao momento, notícia de qualquer cidadão português entre as vítimas.

Tanto o Presidente da República, como o primeiro-ministro, o Presidente da Assembleia da República e o ministro dos Negócios Estrangeiros manifestaram solidariedade com o povo sul-coreano e as famílias das vítimas que perderam a vida durante os festejos. O chefe de Estado e o líder do executivo enviaram ainda as suas condolências.

Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu este sábado uma mensagem ao chefe de Estado sul-coreano, Yoon Suk Yeol. “Ao tomar conhecimento da terrível tragédia ocorrida em Seul, o Presidente da República apresentou as suas sentidas condolências e uma palavra de reconforto e solidariedade às famílias das vítimas, em mensagem enviada ao Presidente da Coreia”, lê-se numa nota publicada no site da Presidência da República.

Também o primeiro-ministro português transmitiu este domingo palavras de solidariedade a todos os que foram afectados pelo “incidente trágico” ocorrido em Seul.

“Portugal está solidário com a Coreia do Sul e todos aqueles que foram afectados pelo incidente trágico ocorrido em Seul. As nossas sinceras condolências a todas as famílias que estão de luto pela perda dos seus entes queridos”, escreveu António Costa em português e em inglês na sua conta na rede social Twitter.

Ainda no sábado, Augusto Santos Silva afirmou-se “profundamente consternado com a tragédia ocorrida” durante os festejos da cidade sul-coreana, numa mensagem que escreveu no Twitter. “Toda a solidariedade ao povo coreano e às famílias enlutadas”, acrescentou o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

Na mesma rede social, o ministro João Gomes Cravinho expressou a sua “mais sentida solidariedade com o povo sul-coreano e as suas autoridades no rescaldo do trágico incidente em Seul”.

"Os nossos pensamentos estão com todos os afectados e com aqueles que prestam assistência de emergência neste momento difícil”, lê-se na mensagem.

Pelo menos 153 pessoas morreram e cerca de 150 ficaram feridas na noite de sábado numa debandada no centro de Seul, segundo um balanço feito pelos bombeiros à AFP. Entre as vítimas, que são na sua maioria adolescentes e jovens adultos, contam-se 22 estrangeiros. Segundo o The New York Times existem mais de 4 mil pessoas desaparecidas.

O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, anunciou este domingo, num discurso dirigido à nação, o início de um período de luto nacional “até que o acidente esteja sob controlo” e prometeu uma “investigação aprofundada”, à qual dará “prioridade máxima” para apurar as causas.

No centro de Seul dezenas de milhares de pessoas, muitas fantasiadas, estavam a celebrar o Halloween pela primeira vez desde a pandemia de covid-19 e mais de uma centena foi esmagada até à morte quando uma grande multidão avançou por uma rua estreita.

Os meios de comunicação locais registam que cerca de 100 mil pessoas afluíram às ruas de Itaewon para as festividades de Halloween, que foram as maiores desde o início da pandemia de covid-19.