Novos residentes no Oceanário: conheça as raias-focinho-de-vaca

Oceanário de Lisboa apresenta dois novos habitantes nas suas águas, no grande aquário central. Às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 11h30 e as 12h30 os visitantes podem ver a sua alimentação

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As raias-focinho-de-vaca (Rhinoptera bonasus) devem o seu nome aos lóbulos da cabeça que se assemelham ao nariz de uma vaca DR

A recém-chegadas raias nasceram em aquários ao abrigo de programas de reprodução ao abrigo de programas de reprodução da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA) que procuram aumentar o conhecimento sobre as espécies e contribuir para a sua conservação, anunciou ontem o ​Oceanário de Lisboa.

“As raias-focinho-de-vaca (Rhinoptera bonasus) devem o seu nome aos lóbulos da cabeça que se assemelham ao nariz de uma vaca. Podem atingir um metro e dez centímetros de envergadura e pesar até cerca de 20 quilogramas, sendo as fêmeas maiores do que os machos. Na natureza, estas raias podem viver cerca de 21 anos. Geralmente, encontram-se perto da superfície em grandes grupos que chegam a ter milhares de animais, podendo nadar até aos 60 metros de profundidade para procurar alimento junto ao fundo”, descreve o comunicado de imprensa divulgado esta quinta-feira.

O Oceanário de Lisboa refere ainda que os animais foram cedidos pelo SeaLife do Porto e pelo Zoo de Roterdão, que “estiveram cerca de um ano a crescer na quarentena, com monitorização de uma equipa de aquaristas, tendo sido recentemente introduzidas na exposição”. “Embora estas raias não sejam pescadas para fins comerciais, são frequentemente capturadas acidentalmente. A maturidade reprodutiva tardia desta espécie, o longo período de gestação e o reduzido número de crias, tornam esta espécie mais susceptível à sobre-exploração, agravando a tendência de declínio das populações, o que contribui para a avaliação da espécie como «Vulnerável» na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza”, adiantam.

Citado no mesmo comunicado, Hugo Batista, Assistente Curador do Oceanário de Lisboa, sublinha que “os aquários permitem estudar as espécies, saber mais sobre a sua reprodução e partilhar informações com a comunidade científica. Por exemplo, este conhecimento permite categorizar o estado de ameaça da espécie na Natureza e ajudar a definir medidas em prol da sua conservação”.

O Oceanário de Lisboa reforça, assim, o papel “fundamental para a sensibilização dos visitantes para as actuais ameaças às espécies e aos seus habitats” destes espaços protegidos e ainda “para o papel que cada um pode ter para a conservação do oceano e da biodiversidade marinha”. Visitar as recém-chegadas raias-focinho-de-vaca já é uma boa ajuda e um bom programa de família neste Outono.