Sobre a noite passada: em House of the Dragon, tudo arde menos o patriarcado
A primeira temporada chegou ao fim decalcando o mapa de A Guerra dos Tronos mas trilhando num mundo televisivo diferente. Uma série que pede trabalhos de casa, uma série com Portugal lá dentro, uma série com mulheres a tentar que homens não as sufoquem. Contém (ligeiros) spoilers .
Demasiado rápida? Demasiado confusa? Demasiados dragões? Demasiados partos trágicos? Demasiados trabalhos de casa? Demasiadas opiniões? Há demasiada televisão e House of the Dragon é a série que o ar dos tempos (e a HBO) produziu. The Black Queen, com os seus voos sobre a aldeia portuguesa de Monsanto e os close up de perdas gestacionais, foi o aperto que esta segunda-feira selou o pacto: o espectador ou aceita que assistiu a um prólogo de dez horas de televisão que, sob a sombra de dragões e cabelos loiros, questiona o patriarcado e (muitas vezes) exige leituras adicionais, ou arruma na prateleira esta prequela que o fenómeno A Guerra dos Tronos forjou.
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