Jota é mais um nome numa (já) longa lista de ausências no Mundial 2022
Convocatória de Fernando Santos para o Mundial 2022 com menos opções no ataque e ainda um trio de defesas em dúvida.
Diogo Jota confirmou, esta terça-feira, nas redes sociais, o que Jürgen Klopp anunciara em conferência de imprensa: o avançado do Liverpool e da selecção portuguesa contraiu uma lesão muscular nos gémeos que o impede de marcar presença no Qatar. A um mês do arranque do Mundial 2022, Fernando Santos fica privado de mais um elemento importante, com 29 internacionalizações e dez golos ao serviço de Portugal.
O seleccionador nacional já sabia que não poderia incluir o extremo do Wolverhampton Pedro Neto, operado a um tornozelo, pelo que enfrenta um desafio extra para encontrar as alternativas ideais no momento de elaborar a convocatória definitiva.
Dificuldades a que poderão somar-se as dúvidas existentes em relação aos defesas Pepe, do FC Porto (lesão no tornozelo), Danilo Pereira e Nuno Mendes (ambos do PSG), que actualmente recuperam de problemas físicos. Fora de cogitação está ainda Rafa Silva, depois de ter manifestado aos responsáveis federativos a indisponibilidade para continuar a representar a selecção nacional, neste caso por razões pessoais.
A notícia sobre a condição física de Diogo Jota foi publicamente divulgada pelo treinador do Liverpool, que foi taxativo: “O Diogo vai falhar o Mundial!”, anunciou, sublinhando a gravidade da lesão e a necessidade de iniciar o processo de recuperação. Perante o diagnóstico, Diogo Jota confirmou o pior cenário no respectivo Instagram oficial, assumindo que será mais um a torcer por fora.
“Depois de uma noite tão boa, em Anfield, a minha acabou da pior maneira. No último minuto, um dos meus sonhos desmoronou-se. Serei mais um a apoiar, por fora, clube e país, lutando para regressar o mais rápido possível”, escreveu o avançado, rematando com o lema dos “reds”: “You’ll Never Walk Alone”.
Diogo Jota abandonou, de maca, o relvado, frente ao Manchester City, aos 90+6’, o que motivou apreensão nas bancadas de Anfield. Em 2018, ainda no rescaldo do título conquistado no Europeu de França, Fernando Santos teve a tarefa mais simplificada, já que apenas Danilo Pereira não entrou nas opções por lesão.
Já há muitas ausências de peso
Neste capítulo, sem ignorar a possibilidade de baixas de última hora, Portugal não está sozinho, destacando-se alguns casos entre as principais selecções afectadas: A França, campeã do Mundo, deverá apresentar-se no Qatar sem o médio do Chelsea N’Golo Kanté, para além de Boubacar Kamara, do Aston Villa, enquanto Paul Pogba (Juventus) parece já ter recuperado de lesão no joelho.
O Brasil teve, entretanto, um “aviso” que fez soar os alarmes, com a lesão de Richarlison, do Tottenham, recuperável em duas semanas.
Este é sempre um momento crítico, em que até uma lesão de menor “gravidade” pode revelar-se fatal para os futebolistas elegíveis e com a ambição sustentada de competir no Qatar, embora as maiores ausências não estejam relacionadas com lesões. As baixas mais importantes foram provocadas pelo fracasso de algumas das melhores selecções, como a do norueguês Erling Haland, do egípcio Mohamed Salah, do colombiano Luis Díaz, do gabonês Aubameyang ou do sueco Zlatan Ibrahimovic.