Kiev e Moscovo trocam prisioneiros de guerra: 108 mulheres ucranianas libertadas
Uma das mulheres libertadas, Viktoria Obidina, disse que o grupo não fazia ideia da troca até ao último momento. “Vou ver a minha filha. Quero tanto vê-la”, disse aos jornalistas.
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Moscovo e Kiev concretizaram esta segunda-feira uma das maiores trocas de prisioneiros desde o início da guerra na Ucrânia: 218, incluindo 108 mulheres ucranianas. Entre estas, há 12 civis, afirmou Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelensky.
“Foi a primeira troca só de mulheres”, disse no Telegram, acrescentando que 37 mulheres foram capturadas quando os russos tomaram o complexo siderúrgico Azovstal, em Mariupol, em Maio.
Uma das mulheres libertadas, Viktoria Obidina, disse que o grupo não fazia ideia da troca até ao último momento. “Vou ver a minha filha. Quero tanto vê-la”, disse aos jornalistas, explicando que foram separadas quando Mariupol caiu.
O ministro da Administração Interna ucraniano disse que algumas das mulheres estavam detidas desde 2019, depois de terem sido feitas prisioneiras pelas forças pró-Moscovo no Leste do país.
“Agradeço a todos os envolvidos neste sucesso, e também agradeço a todos que ajudaram a termos prisioneiros para trocar, com a captura de inimigos”, disse Zelensky esta segunda-feira, incentivando as tropas ucranianas a fazerem mais prisioneiros, para facilitar a libertação de ucranianos, através de trocas.
Denis Pushilin, o líder pró-russo de Donetsk, disse que foram libertados 80 marinheiros russos civis e 30 militares.
Em Setembro, os dois países já tinham trocado quase 300 prisioneiros, incluindo muitos soldados que participaram na longa defesa de Mariupol e do complexo metalúrgico e siderúrgico Azovstal e combatentes estrangeiros. Muitos foram libertados pelo lado russo em troca da libertação, pela Ucrânia, do milionário ucraniano Viktor Medvedchuk, aliado próximo do Presidente da Rússia.