Minsk e outros jardins secretos no palmarés do 20.º Doclisboa

A Date in Minsk, do bielorusso Nikita Lavretski, é o vencedor do festival. Os prémios portugueses couberam a Irene Borrego e Leonardo Mouramateus.

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A Date in Minsk é o vencedor “unânime” da Competição Internacional do Doclisboa DR
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Una Zona ajardinada demasiado tranquila para mí, prémio do júri da Competição Internacional DR
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Vexations, do brasileiro Leonardo Mouramateus, vencedor ex-aequo da Competição Portuguesa DR
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La Visita y un Jardín Secreto, da espanhola Irene Borrego, vencedor ex-aequo da Competição Portuguesa DR
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Memória, de Welket Bungué, prémio do júri da Competição Portuguesa DR

Reafirmando o compromisso do Doclisboa com as novas maneiras de pensar o documentário, o grande vencedor da edição 2022 do festival coloca o seu próprio autor a encenar-se perante a câmara num longo plano-sequência. Desafio formal em que o realizador Nikita Lavretski, uma das novas vozes do cinema de Leste, e Volha Kavaliova improvisam um “primeiro encontro” face à câmara, A Date in Minsk é o vencedor “unânime” da competição internacional, segundo as palavras do júri formado pela cineasta Ruth Beckermann, pela actriz Sofia Marques, pelos programadores Dario Oliveira e Jonathan Ali e pelo escritor Ondjaki. O Prémio do Júri foi para Una Zona ajardinada demasiado tranquila para mí, do espanhol Alejandro Vázquez San Miguel, “pela empatia e honestidade” com que regista memórias da Espanha de Franco no espaço de um único apartamento.

Também os filmes vencedores da Competição Portuguesa se debruçam sobre o espaço. O júri composto pela cantora Lula Pena, pelo cineasta Éric Baudelaire e pelo programador Luís Fernando Moura premiou dois títulos ex-aequo: a curta-metragem Vexations, do brasileiro Leonardo Mouramateus, rodada nos últimos dias que o coreógrafo João Fiadeiro passou na sua casa/atelier, e a longa La Visita y un Jardín Secreto, da espanhola Irene Borrego, co-produção luso-espanhola sobre a pintora madrilena Isabel Santaló. Estes dois prémios reflectem ainda a aposta das competições desta edição na arte e nos artistas como prisma para olhar o mundo. O prémio do júri coube à curta Memória, do actor e artista luso-guineense Welket Bungué.

Três outros títulos portugueses foram galardoados nesta 20.ª edição: a curta de Inês Pedrosa e Melo Home, Revised (prémio Fernando Lopes para melhor primeira obra portuguesa), a curta de Daniel Borga Bentuguês (melhor filme português na secção Verdes Anos) e a longa de Luísa Marinho e Luísa Sequeira O Que Podem as Palavras (Prémio do Público, patrocinado pelo PÚBLICO). A co-produção May the Earth Become the Sky, da romena Ana Vijdea, realizada ao abrigo do programa de mestrado DocNomads, venceu o prémio transversal de melhor curta-metragem.

O festival encerrou oficialmente com a exibição em antestreia portuguesa de Objectos de Luz, de Marie Carré e Acácio de Almeida, mas prolonga-se até domingo (exibindo, entre outros, Margot, de Catarina Alves Costa, Lynch/Oz, de Alexandre Philippe, À vendredi, Robinson, de Mitra Farahani, ou Everything Will Be OK, de Rithy Panh). Os filmes premiados serão exibidos no Cinema Ideal segunda, terça e quarta às 17h30 e às 22h.

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