Pedro Nuno Santos, o pai, o negócio com o Estado e uma lei absurda em vigor
Confortado com o parecer da PGR, o PS recusou-se a mudar a lei que aprovou, com medo do fantasma de Sócrates, da ascensão do Chega ou de outra coisa qualquer. Foi um erro tonto.
Felizmente, o Presidente da República põe a hipótese de pedir ao Tribunal Constitucional que diga se é ou não verdade que o país tem ou não em vigor uma lei de incompatibilidades de políticos inconstitucional. Já devia ter sido feito há muito – ou alguém podia ter tido a coragem de mudar a lei que veda aos familiares (incluindo os netos) de ministros a possibilidade de celebrarem um contrato que seja com o Estado. É evidente que podem ser empresários exclusivamente dedicados a fazer contratos com privados ou dedicarem-se à advocacia dos paraísos fiscais, à política ou ao lobby. Fazer contratos com o Estado não.
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