Covid-19: Portugal com 14.852 casos e 45 mortes entre 27 de Setembro e 3 de Outubro
A incidência no país mantém-se elevada, mas com “tendência estável”, diz o relatório da DGS. Também a ocupação hospitalar e a mortalidade por covid-19 apresentam valores estabilizados.
Portugal registou, entre 27 de Setembro e 3 de Outubro, 14.852 infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 45 mortes associadas à covid-19 e uma ligeira redução dos internamentos, mantendo-se indicou esta sexta-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS). A ocupação hospitalar e a mortalidade por covid-19 mantêm-se em valores estabilizados em Portugal.
Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se menos 4.729 casos de infecção, verificando-se mais uma morte na comparação entre os dois períodos. Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, tendo em conta que a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 395 pessoas, menos nove do que no mesmo dia da semana anterior, com 20 doentes em unidades de cuidados intensivos, menos seis.
“A epidemia de covid-19 manteve uma incidência elevada, com tendência estável. O número de internamentos por covid-19 e a mortalidade específica apresentam uma estabilização”, refere o documento da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
A DGS e o INSA recordam que, em 29 de Setembro, o Governo decidiu não renovar a situação de alerta no território continental, fazendo ainda cessar a vigência de diversas leis, decretos-leis e resoluções aprovadas no âmbito da pandemia. “Estas alterações irão influenciar a vigilância de base populacional e consequente interpretação dos indicadores apresentados neste relatório”, refere a autoridade de saúde.
Os dados hoje divulgados indicam que, na segunda-feira, a incidência cumulativa a sete dias estava nos 144 casos por 100 mil habitantes em Portugal, indicando uma incidência elevada, mas com tendência estável.
Já o índice de transmissibilidade (Rt) — que estima o número de casos secundários de infecção resultantes de cada pessoa portadora do vírus — apresentava um valor de 0,98 a nível nacional, mas Lisboa e Vale do Tejo, o Alentejo, o Algarve, os Açores e a Madeira estavam com este indicador acima do limiar de 1, indicando uma tendência crescente de novos contágios nestas regiões.
De acordo com o relatório, na segunda-feira estavam internadas 395 pessoas por covid-19 nos hospitais de Portugal continental, uma ocupação hospitalar de menos 2% em relação ao mesmo dia da semana anterior e que estava estabilizada na maioria dos grupos etários.
Quanto aos cuidados intensivos, o documento avança que os 20 doentes nessas unidades representavam 7,8% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas por covid-19, valor que constitui um decréscimo de 23% no espaço de uma semana.
A DGS e o INSA registaram uma mortalidade específica por covid-19 de 8,6 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, “indicando uma estabilização” deste indicador que é inferior ao limiar de 20 óbitos definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).
“A mortalidade por todas as causas na última semana encontra-se dentro dos valores esperados para esta época do ano”, indica o documento.
Em relação à percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 nos últimos sete dias, o relatório refere que situou nos 16%, numa semana em que o número desses despistes do coronavírus baixou dos 97 mil para cerca de 88 mil.
Perante estes indicadores, a DGS e o INSA continuam a aconselhar a monitorização da situação epidemiológica, a manutenção das medidas de protecção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população.
Desde 3 de março de 2020, quando foram confirmados os primeiros contágios, Portugal já registou quase 5,5 milhões casos de infecção pelo vírus que provoca a covid-19, dos quais mais de 374 mil foram reinfecções, que perfazem um total de 6,8% do total de casos positivos.