O “círculo vicioso” do financiamento da ciência deixa laboratórios e projectos em risco

O subfinanciamento da ciência em Portugal é uma crítica recorrente de investigadores e instituições científicas. Seis cientistas destacam as dificuldades de garantir investimento e a continuidade dos seus laboratórios e projectos nos próximos tempos.

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O financiamento regular de projectos de investigação tem tido sempre menos de 10% de candidaturas aprovadas Ricardo Lopes

É um círculo vicioso, como alguns investigadores classificam. Um projecto ou um laboratório para concorrer a financiamento precisa de resultados preliminares e uma proposta de investigação forte. Quando esse financiamento não chega, há menos cientistas a trabalhar no laboratório, logo há menos resultados e, depois, as candidaturas a financiamento têm menos força. Um dado que não é novo, mas que indicia uma parte do problema são as taxas de aprovação do financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) em projectos de todas as áreas científicas: o máximo foi este ano, com 8,3% das candidaturas a serem financiadas.

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