Segurança Social fez inspeção ao lar de Boliqueime e não encontrou casos de negligência
O caso foi noticiado em 20 de Setembro, quando foi conhecido, através de um vídeo divulgado nas redes sociais. Uma mulher idosa, de 86 anos, estava deitada numa cama com feridas abertas e dezenas de formigas em várias partes do corpo.
O Instituto de Segurança Social fez uma inspecção ao lar da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime (Algarve), onde uma idosa foi alegadamente vítima de negligência, mas não encontrou mais nenhuma situação semelhante, disse hoje o instituto.
O caso foi noticiado em 20 de Setembro, quando foi conhecido, através de um vídeo divulgado nas redes sociais, que uma mulher idosa, de 86 anos, estava deitada numa cama, com feridas abertas e dezenas de formigas em várias partes do corpo.
Na altura, a Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime, responsável pela Estrutural Residencial onde a idosa se encontrava, anunciou ter aberto um inquérito para apurar responsabilidades ao alegado caso, que classificou de “negligência grave”.
Em resposta a perguntas da agência Lusa, o Instituto da Segurança Social diz agora ter feito uma acção inspectiva no dia 8 de Setembro, da qual faziam parte um elemento da Guarda Nacional Republicana (GNR), uma técnica da saúde ambiental, uma enfermeira e um delegado de saúde.
“O processo de averiguações encontra-se em curso, não tendo sido verificada qualquer situação semelhante à denunciada”, diz o ISS.
Por outro lado, admite que dois dias antes, a 6 de Setembro, recebeu uma denúncia sobre uma situação de “eventuais maus tratos a uma idosa, utente do lar da Santa Casa de Misericórdia de Boliqueime”, havendo sido “de imediato aberto um processo de averiguações e informado o Ministério Público do teor da referida denúncia”.
“Estando em curso o processo criminal, neste momento, até que sejam conhecidas as conclusões do mesmo, a Segurança Social não se pronuncia sobre a matéria”, refere o ISS.
Acrescenta ainda que, em matéria de fiscalizações, o ISS “segue uma estratégia de intervenções proactivas tendo como base a identificação de diversos factores de risco, como por exemplo os resultados de acções de acompanhamento ou recepção de reclamações”.
Apesar de o caso da utente ter sido conhecido em Setembro, os factos remontam ao mês de Julho, tendo a idosa morrido um mês depois.