Cheques de Outubro não chegam para eliminar o risco de recessão
O crescimento forte do consumo registado a seguir à pandemia está já a ser travado pela inflação, tendência que se pode agravar no final deste ano e no início do próximo, apesar dos apoios extraordinários que o Estado vai entregar às famílias em Outubro.
Com a inflação ao nível mais alto dos últimos 30 anos e as taxas de juro do crédito a subirem, até quando é que o consumo vai conseguir sustentar o crescimento da economia? Esta é a questão que, em vésperas de apresentação da proposta do OE para 2023, será decisiva para perceber se, à semelhança do que está a acontecer no resto da Europa, Portugal se arrisca, no final deste ano e no início do próximo, a entrar em recessão. Para já, apesar do dinheiro extra que as famílias vão receber do Estado em Outubro, os sintomas são mais negativos que positivos.
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