Ciro Gomes, que se apresentou como candidato às presidenciais do Brasil como alternativa à extrema-direita do Presidente, Jair Bolsonaro, e à esquerda do antigo Presidente Lula da Silva, gravou um vídeo em que declara que “acompanha o seu partido” – sem nunca dizer o nome de Luiz Inácio Lula da Silva.

Antes da divulgação do vídeo, o presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, tinha anunciado o apoio unânime da comissão executiva do partido a Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT) na segunda volta das eleições brasileiras, que se disputa a 30 de Outubro.

Ciro Gomes lamentou “que a trilha democrática” se tenha “afunilado a tal ponto que restem aos brasileiros duas opções, a meu ver, insatisfatórias”, mas dadas as circunstâncias, a decisão do partido “é a última saída”. A campanha de Ciro contra o “voto útil” em Bolsonaro ou em Lula não resultou e Ciro Gomes teve apenas 3% dos votos no domingo, o seu pior resultado na quarta vez que se candidatou à presidência, tendo pela primeira vez perdido no seu estado, o Ceará (de que foi governador de 1991 a 1994).

Por fim, Ciro afirmou que vai “fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do Governo que assumirá [funções] em Janeiro”, além de continuar “estudando e apresentando ideias para recuperar o nosso país”.

O político diz ainda que não aceitará cargos “em qualquer eventual futuro governo”. “Quero estar livre, ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas, como as que propusemos durante nossa campanha.”