Coreia do Norte lança míssil balístico sobre o Japão. Países prometem “resposta robusta”
Foi o quinto lançamento balístico de Pyongyang em apenas dez dias. Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão prometeram uma “resposta internacional apropriada e robusta”.
A Coreia do Norte disparou esta segunda-feira um míssil balístico sobre o Japão, adiantou o gabinete do primeiro-ministro japonês, num teste que originou alertas para moradores e obrigou à suspensão da circulação ferroviária em regiões do nordeste. Segundo o gabinete do primeiro-ministro japonês, pelo menos um míssil foi disparado pela Coreia do Norte, sobrevoou o Japão e acredita-se que tenha caído no Oceano Pacífico.
A mesma fonte acrescentou que as autoridades emitiram um alerta aos moradores das regiões do nordeste para saírem dos prédios próximos, naquele que foi o primeiro alerta desse tipo em cinco anos. A circulação ferroviária foi temporariamente suspensa nas regiões japonesas de Hokkaido e Aomori, tendo as operações sido retomadas mais tarde, após o aviso do governo de que o míssil norte-coreano parecia ter caído no Pacífico.
EUA, Japão e Coreia do Sul prometem “resposta robusta"
Juntamente com o Japão e a Coreia do Sul, os Estados Unidos da América (EUA) estão a preparar uma “resposta robusta” ao lançamento deste míssil, adiantou a Casa Branca.
O conselheiro para a Segurança Nacional dos EUA, Jack Sullivan, encontrou-se separadamente com os homólogos sul-coreano e japonês para desenvolver uma “resposta internacional apropriada e robusta” e reafirmar o “compromisso de ferro” dos Estados Unidos na defesa do Japão e da Coreia do Sul, disse a porta-voz Adrienne Watson.
O Comando Ásia-Pacífico dos EUA condenou o disparo do míssil balístico e garantiu que os “compromissos de Washington com a defesa do Japão e da Coreia do Sul continuam inabaláveis”.
UE chama ao lançamento “agressão injustificada"
Também o presidente do Conselho Europeu condenou o lançamento de um míssil balístico norte-coreano sobre o Japão, classificando o acto de uma “agressão injustificada”. O disparo é “uma tentativa deliberada” de colocar em risco “a segurança na região”, escreveu Charles Michel na rede social Twitter. “A União Europeia está solidária com o Japão e a Coreia do Sul”, acrescentou.
Este lançamento surge poucos dias depois de os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão terem realizado exercícios marítimos conjuntos. De acordo com o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, estes exercícios trilaterais, que são os primeiros entre as forças destes três países em cinco anos, visam “responder à ameaça” norte-coreana.
Ainda no sábado passado, foi a vez da Coreia do Sul encenar o seu próprio espectáculo de armamento avançado para assinalar o Dia das Forças Armadas, que incluiu múltiplos lança-foguetes, mísseis balísticos, tanques de batalha principais, drones e caças F-35.
A Coreia do Norte terminou os preparativos para um teste nuclear, que poderá vir a ser realizado algures entre o Congresso do Partido Comunista da China, a acontecer este mês, e as eleições americanas de Novembro, de acordo com o que disseram legisladores sul-coreanos na semana passada.