Entre os jovens problemáticos, os militares vão estendendo a sua disciplina e influência
A instalação de escolas cívico-militares no Brasil foi um dos projectos mais emblemáticos do Governo de Bolsonaro. Num bairro pobre e violento de Taubaté, todos concordam que a experiência é boa. Para os jovens, um futuro nas Forças Armadas aparece como uma salvação.
“Apresentar!” “Descansar!” “Mochilas no lado direito!” “Sem conversa!”. As ordens ecoam no pátio coberto, enquanto crianças e adolescentes fardados obedecem mecanicamente, embora com algumas pausas para risos. Preparam-se para uma cerimónia repetida todas as quartas-feiras, que culmina com o hino nacional brasileiro. Nesse momento, os alunos da Escola Cívico-Militar Professor Lafayette Rodrigues Pereira, em Taubaté, a 150 quilómetros de São Paulo, adoptam uma atitude compenetrada. Cantam a letra do hino enquanto encaram de forma grave a bandeira do Brasil.
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