Virgin Atlantic troca as fardas diferenciadas por género por pins com pronomes

Assistentes de bordo, pilotos e trabalhadores em terra da Virgin Atlantic já não são obrigados a usar uniformes de acordo com o género, anuncia a companhia aérea britânica.

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Virgin Atlantic actualizou a política de identidade de género DR

A partir de agora, os funcionários podem “usar a roupa que exprime a forma como se identificam ou se apresentam”. A companhia área começou também a oferecer pins opcionais com pronomes aos membros da empresa e clientes, e actualizou o sistema de cartões de embarque para melhor acomodar as pessoas que seleccionaram opções neutras em termos de género nos seus passaportes.

“Na Virgin Atlantic, acreditamos que todos podem vencer na vida, independentemente de quem sejam”, afirma Juha Jarvinen, director comercial da companhia aérea, em comunicado. “É por isso que é tão importante que permitamos que a nossa equipa abrace a sua individualidade e que seja verdadeiramente ela própria no trabalho. É por essa razão que queremos permitir que usem o uniforme que melhor se adequa a eles e à forma como se identificam, e assegurar que os nossos clientes são abordados pelos pronomes que preferem.”

A Virgin Atlantic anunciou a política de identidade de género actualizada com vídeos que apresentavam activistas e apoiantes LGBTQ+ – incluído Michelle Visage, jurada no reality show RuPaul's Drag Race – assim como funcionários que se identificam como membros da comunidade LGBTQ+.

A transportadora afirma que, como parte do programa “Be Yourself”, já tornou a maquilhagem opcional, dando às mulheres a opção de usar sapatos rasos e permitindo aos membros da tripulação e outros trabalhadores na linha da frente terem tatuagens visíveis. As mulheres já estavam autorizadas a usar calças.

“A campanha ‘Be Yourself’ significa absolutamente tudo para mim: posso ser eu própria, uma pessoa não-binária”, afirma Jamie Forsstrom, membro da tripulação de cabine, num vídeo. “Tenho a escolha de um uniforme, o que é algo mesmo muito grande.”

A Virgin Atlantic diz também que vai mandatar formação inclusiva em toda a companhia aérea e lançar “iniciativas de aprendizagem inclusiva” para hotéis e outros parceiros em destinos, incluindo nas Caraíbas, “para assegurar que todos os clientes se sentem bem-vindos apesar das barreiras à igualdade LGBTQ+”.

Uma mão-cheia de companhias áreas tem anunciado estar a aliviar os estereótipos de género nos códigos de vestuário e a lançar uniformes sem género.

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Virgin Atlantic actualizou a política de identidade de género DR

A companhia área islandesa de baixo custo Play diz que os seus uniformes são unissexo, não existem instruções sobre maquilhagem, tatuagens ou verniz, e o uso de ténis confortáveis para os membros da tripulação de cabina são a norma. A WestJet, do Canadá, afirma ter actualizado a política de uniformes “para se desvincular das normas de género” em 2017.

A Alaska Airlines afirmou em Março estar a desenvolver peças de fardas neutras em termos de género para comissários de bordo, funcionários no serviço ao cliente ou nas salas de espera. A transportadora disse ainda que todos os empregados podem usar verniz, maquilhagem, dois brincos em cada orelha e um piercing no nariz, e introduziu pins de pronomes para os trabalhadores.

O anúncio seguiu-se a uma queixa de um membro não-binário da equipa, que acusou a companhia aérea de forçar os assistentes de bordo a respeitar os padrões de vestuário, escolhendo uniformes masculinos e femininos.

De acordo com a Reuters, a Comissão de Direitos Humanos do Estado de Washington, EUA, disse recentemente que havia motivos razoáveis para concluir que a companhia área violava a lei estatal ao recusar-se a isentar a pessoa, assistente de bordo, da política da empresa.

“Este é um passo importante numa viagem contínua para ser mais inclusiva, e há mais trabalho pela frente”, disse a Alaska Airlines no comunicado divulgado em Março. “Continuaremos a analisar as nossas políticas, programas e práticas para assegurar que vivemos os nossos valores e criamos um lugar onde todos sentem que pertencem.”

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