Meloni prepara-se para ser a primeira mulher a governar Itália. Isso é bom para as italianas?

Um país machista permite a ascensão de uma mulher com uma visão que não ameaça o equilíbrio nas relações de género. Isso ajuda a explicar o sucesso de Giorgia Meloni.

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“Eu sou a Giorgia, sou uma mulher, sou uma mãe, sou italiana, sou cristã”, afirmou a presidente do FdI num discurso em 2019 Reuters/GUGLIELMO MANGIAPANE

Faz sentido que a primeira política italiana a ter claras hipóteses de chegar à chefia do governo seja a líder de um partido de extrema-direita com uma visão extremamente conservadora da família e do papel da mulher na sociedade? Provavelmente faz. E é até possível que esse facto sem dúvida histórico – este romper do glass ceiling (tecto de vidro), das barreiras invisíveis que as italianas enfrentam – acabe por conduzir a um retrocesso nos direitos das mulheres.

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