Cringe, comédia e crueldade: os fluxogramas de Nathan Fielder

Seria tudo isto “necessário”? A pergunta pode ser absurda (nada na televisão é “necessário”), mas não é ilegítima; afinal, nunca é agradável ver uma criança a chorar (excepto quando são mesmo irritantes e estavam a pedi-las).

“O que é que faz as pessoas rir?”, pergunta Martin Amis, a meio de um texto sobre Nabokov. “Não apenas a alegria ou a ironia (…) O ser humano também ri para exprimir alívio, exasperação, estoicismo, histeria, embaraço, repulsa e crueldade”. A resposta pode ser óbvia, mas o argumento de Amis não é, partindo daí para defender que Lolita será o romance mais cómico da língua inglesa, não porque tem as melhores “piadas”, mas porque permite ao riso toda a sua amplitude e complexidade.

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