O cinema em Angola faz-se em estado de urgência

Nunca se fizeram tantos filmes em Angola como agora. Quem o garante é Jorge Cohen, um dos co-fundadores da produtora Geração 80, uma das principais referências no audiovisual angolano desde a sua criação em 2010. “Esta vai ser a década do cinema angolano”, disse ao PÚBLICO numa conversa na sede da empresa, em Luanda, com a participação de Ery Claver, o realizador de Nossa Senhora da Loja do Chinês que se estreou recentemente no Festival de Locarno.

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From left: Jorge Cohen, director Geração 80; Ery Claver, director Nossa Senhora da loja do chines on Red Carpet at the 75 Locarno Film Festival, Locarno, Friday 12 August 2022 © Locarno Film Festival / Ti-Press / Massimo Pedrazzini Locarno Film Festival / Ti-Press / Massimo Pedrazzini

Ninguém se pode permitir gastar demasiado tempo a pensar no que quer filmar em Angola. Uma cidade como Luanda muda do dia para a noite, a urgência não é questão de filosofia, mas imponderável de sociedades jovens em permanente mutação. Como explica um dos co-fundadores da produtora Geração 80, Jorge Cohen: “Aqui os tempos são diferentes”.

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