Serena voltou a ser Serena no Open dos EUA

João Sousa e Nuno Borges continuam no US Open em pares.

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Serena Williams EPA/SARAH YENESEL

Foram 29.959 adeptos de ténis que, na quarta, bateram o recorde de afluência a uma sessão nocturna do US Open estabelecido dois dias antes. A razão é simples: Serena Williams voltou a actuar e a esgotar os 23.771 lugares do Arthur Ashe Stadium. E ao derrotar a número dois do ranking, Anett Kontaveit, com uma exibição convincente, a campeã americana confirmou que quer adiar a retirada o mais possível.

“Não há pressa, adoro este público”, afirmou Serena logo após a vitória, por 7-6 (7/4), 2-6 e 6-2 – que mereceu um tweet da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, a agradecer a carreira inspiradora. O nível exibicional foi mais elevado do que na ronda anterior e a detentora de 23 títulos do Grand Slam, deu uma explicação: “Não tenho nada a perder. Francamente, nunca tenho a oportunidade de jogar assim; tenho um alvo nas costas desde 1999.”

Despedir-se com um 24.º título está na sua mente, mas par já que preocupar-se com a próxima adversária, Ajla Tomljanovic (46.ª), quarto-finalista em Wimbledon. “Adoro um desafio”, frisou Serena.

O US Open ficou sem representantes portugueses no quadro de singulares, após as eliminações de João Sousa e Nuno Borges. Frente ao top-10 britânico, Cameron Norrie (9.º), Sousa (59.º) foi penalizado por não concretizar os cinco break-points de que dispôs nos segundo e terceiro sets e cedeu ao fim de duas horas e meia: 6-4, 6-4 e 7-6 (7/4).

Na quarta-feira, Borges (104.º) terminou em segundo na “maratona” de três horas e 50 minutos com o chinês Yibing Wu (174.º): 6-7 (3/7), 7-6 (7/4), 4-6, 6-4 e 6-4. Wu, de 22 anos e campeão júnior em 2017, é o primeiro chinês a chegar tão longe na história do US Open, que começou em 1881 – e o primeiro chinês na terceira ronda de um major desde 1946.

Nos pares, Borges e Francisco Cabral repetiram a proeza de Wimbledon e passaram a ronda inicial, afastando Nicolas Barrientos/Miguel Angel Reyes-Varela, por 6-4, 6-2.

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