Quando for “oportuno”, Costa decidirá substituição de Temido. Fernando Araújo é o nome mais consensual

Fernando Araújo já esteve no Ministério da Saúde enquanto secretário de Estado adjunto e da Saúde de Adalberto Campos Fernandes, o antecessor de Marta Temido. Saiu desta tutela quando Temido assumiu a pasta.

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Fernando Araújo já esteve no Governo e saiu quando Marta Temido se tornou ministra Nelson Garrido

O nome que irá substituir Marta Temido na tutela do Ministério da Saúde permanece um segredo e António Costa só levanta o véu sobre o processo. Segundo o primeiro-ministro, a substituição só acontecerá “quando for oportuna” e “não será rápido”. Mas nos corredores já circulam nomes. O nome mais consensual é o de Fernando Araújo, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de S. João, apurou o PÚBLICO. O gestor conta com alguma experiência governativa. Foi secretário de Estado adjunto e da Saúde do ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, entre 2015 e 2018. Ou seja, saiu na remodelação que deu a pasta da Saúde a Marta Temido.

No entanto, segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO, Fernando Araújo muito dificilmente aceitaria que houvesse uma espécie de CEO do SNS, como prevê o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), porque quereria ser ele próprio a assumir a responsabilidade de gerir o SNS. Além disso, Fernando Araújo tem sido um forte crítico da gestão de Marta Temido.

“A mudança de membros do Governo é uma mudança de personalidade, é uma mudança de energia, é uma mudança de estilo. São mudanças, mas não são mudanças de política. As políticas são do Governo”, explicou António Costa. E Marcelo Rebelo de Sousa também já deixou um recado: “Prefiro uma gestão do SNS mais autónoma e independente do Ministério da Saúde.”

Caso o Governo decida apostar numa solução interna de continuidade, o nome mais óbvio é o do secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que tal como Temido foi ganhando protagonismo durante a pandemia (ao contrário do que aconteceu com o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, que acabou por não ser levado para o actual Governo).

Como decorre da demissão da ministra, a equipa de secretários de Estado (Lacerda Sales e Fátima Fonseca) também cessará funções.

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