Covid-19: Moderna e Pfizer são seguras para doentes com insuficiência cardíaca

Uma equipa de investigação de um hospital dinamarquês acompanhou mais de 100 mil pessoas e concluiu que a vacinação tem um menor risco de morte associado.

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Em Portugal, a segunda dose de reforço (ou quarta dose) abrange pessoas com mais de 80 anos e começou em Maio Reuters

As vacinas contra a covid-19 baseadas no ARN-mensageiro, como as da Pfizer e da Moderna, são seguras para doentes com insuficiência cardíaca, aponta uma investigação agora apresentada no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Barcelona.

O estudo, realizado pelo Hospital Herlev (Dinamarca), conclui que as vacinas contra a covid-19 com recurso a ARN-mensageiro estão associadas a um risco de morte mais baixo em doentes com insuficiência cardíaca e não estão associadas a um agravamento de problemas do coração como insuficiência cardíaca, tromboembolismo venoso ou miocardite.

Citada pela agência espanhola Efe, a líder do estudo, Caroline Sindet-Pedersen, do Hospital de Herlev, refere que os resultados indicam que os pacientes com insuficiência cardíaca devem ter prioridade na vacinação.

“As vacinas contra a covid-19 continuarão a ser importantes para prevenir a morbilidade e a mortalidade em populações de doentes vulneráveis, por conseguinte, os estudos que enfatizam a segurança destas vacinas são essenciais para tranquilizar aqueles que possam estar hesitantes e para assegurar a continuação da utilização das vacinas”, acrescentou.

Os doentes com insuficiência cardíaca apresentam um risco aumentado de hospitalização, necessidade de ventilação mecânica e morte por covid-19.

O estudo analisou 50.893 pacientes com insuficiência cardíaca não vacinados contra a covid-19 e 50.893 pacientes com insuficiência cardíaca inoculados com uma das duas vacinas com ARN-mensageiro em 2021.

A investigação seguiu os participantes durante 90 dias para determinar possíveis causas de mortalidade, agravamento da insuficiência cardíaca, tromboembolismo ou miocardite a partir da data da administração da segunda dose.

“O estudo sugere que não deve haver preocupação quanto aos efeitos secundários cardiovasculares das vacinas de ARN-mensageiro em pacientes com insuficiência cardíaca e os resultados apontam para um efeito benéfico da vacinação sobre a mortalidade”, conclui Sindet-Pedersen.