O gasoduto torna Portugal mais europeu
Estamos numa matéria de amplo consenso: tudo o que, como o gasoduto de Sines para França, aproximar o país do centro de gravidade das decisões europeias é bom para Portugal
Círculos próximos do gabinete de António Costa dizem muitas vezes que ele tem mais interesse e paixão pelos grandes temas da geoestratégia europeia do que pelos assuntos correntes do país. Se há um domínio no qual o primeiro-ministro bate os seus antecessores é, de facto, nos temas europeus, mas não é preciso muita dedicação ou saber para justificar a rapidez com que apoiou o apelo do chanceler alemão em favor da construção de um gasoduto entre Portugal e o coração da Europa. Pedro Passos Coelho já se tinha batido por esse projecto pelas mesmas razões: o gasoduto reforça o papel estratégico de Portugal na Europa e reduz a limitação que o estatuto de país periférico impõe à sua afirmação externa.
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