Trinta e três milhões de brasileiros passam fome num país que “alimenta o mundo”
A enorme área agrícola do Brasil serve cada vez menos para produzir feijão, arroz e mandioca. Tal como no passado a cana-de-açúcar se impôs como monocultura, hoje são a soja e o milho que dominam a paisagem, que esconde uma fome feita também de obesidade.
“Metade da humanidade não come, e a outra metade não dorme com medo da que não come”, escreveu o médico e geógrafo brasileiro Josué de Castro, autor de Geografia da Fome. O livro, que traça o retrato da fome no Brasil, foi publicado em 1946, mas a frase ressoa nos mais recentes números sobre a insegurança alimentar naquele país, divulgados no início de Junho e que mostram que, em 2022, são 33 milhões os brasileiros que sofrem de fome.
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