Carlos Conceição leva a sua Nação Valente até Locarno
Filme de género sobre as feridas do Portugal colonial, inspirado por Hiroo Onoda e pelo cinema clássico, a segunda longa do autor de Coelho Mau e Um Fio de Baba Escarlate tem estreia mundial esta sexta-feira no festival suíço
Quando se chega a uma certa altura em que se viram demasiados filmes, é normal ir (re)encontrando aquilo que já se viu antes. Paradoxalmente, é isso que torna tão entusiasmante ser exposto, sem aviso prévio, a Nação Valente de Carlos Conceição, que tem esta sexta-feira a sua estreia mundial na competição oficial do festival de Locarno. Co-produção entre a portuguesa Terratreme, a francesa Virginie Films e a produtora do próprio realizador, Mirabilis, esta é a segunda longa-metragem de um percurso que passou por Cannes nas curtas Boa Noite, Cinderela (2014) e Coelho Mau (2017) e por Berlim na primeira longa, Serpentário (2019), cuja paragem mais recente foi a média-metragem Um Fio de Baba Escarlate (2020). Mas Nação Valente é “o filme que tenho estado a preparar-me para fazer ao longo de todos os outros”, mesmo que confesse que ainda precisa “de mais dois filmes, se calhar, para as pessoas poderem dizer que é um filme ‘do’ Carlos Conceição...”
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