A invenção dos brasileiros
Para haver um Brasil independente, no qual tivesse lugar a representação nacional, era necessário que existissem brasileiros. Este é mais um dos ensaios que marcam este mês de Agosto, no ano em que se assinala o bicentenário da independência do Brasil.
“Chamamos Braziliense, o natural do Brasil; Brasileiro, o português europeu ou o estrangeiro, que lá vai negociar ou estabelecer-se; seguindo o gênio da língua portuguesa, na qual a terminação eiro denota a ocupação; exemplo sapateiro o que faz sapato; (…) brasileiro o que negocia em brasis ou gêneros do Brasil (…) desde que começamos a escrever este Periódico, limitamos o derivado brasiliano, para os indígenas do país, usando do outro braziliense, para os estrangeiros e seus descendentes ali nascidos ou estabelecidos; e atuais possuidores do país.” (Hipólito J. da Costa, Correio Brasiliense, n.º 165, março de 1822)
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