Quando hoje abri a caixa-de-correio achei graça à maneira como o crítico literário do jornal The Washington Post, o magnífico Ron Charles (que fez durante a pandemia, fechado em casa com a família, os mais divertidos vídeos sobre livros que vi em toda a minha vida), começava a sua newsletter: " Em Julho, costuma ser improvável prever qual será o título best-seller do ano. Mas hoje, é fácil. Michelle Obama anunciou que vai publicar The Light We Carry a 15 de Novembro."

Por cá o livro da ex-primeira dama dos Estados Unidos vai chamar-se A Luz que Nos Ilumina: Superar Tempos de Incerteza e vai ser publicado em formato impresso e digital pela Objectiva, a chancela da Penguin Random House Grupo Editorial Portugal, no mesmo dia que sai nos Estados Unidos. 

Num comunicado que a Penguin Random House enviou para as redacções há uma citação da introdução que Michelle Obama escreveu para este seu novo livro depois do sucesso de Becoming- A Minha História:

"Aprendi que não faz mal reconhecer que a auto-estima vem embrulhada na vulnerabilidade, e que o que partilhamos, como humanos, nesta Terra, é o impulso de lutar por algo melhor, sempre, sem olhar a meios."

"Iluminados, tornamo-nos mais corajosos. Quando sabemos o que nos ilumina, conhecemo-nos a nós próprios. Conhecemos a nossa verdadeira história. Pela minha experiência, este tipo de autoconhecimento é vital para desenvolvermos confiança, que, por sua vez, gera calma e a capacidade para colocar as coisas em perspectiva, permitindo, enfim, que consigamos manter relações significativas com os outros — e isto é, para mim, a base de tudo. Uma luz alimenta outra. Uma família forte dá força a outra. Uma comunidade envolvida poderá estimular tudo em seu redor. Este é o poder da luz que nos ilumina."

 A advogada, formada pela Universidade de Princeton e pela Faculdade de Direito de Harvard, trabalhou no gabinete do presidente da Câmara de Chicago, na Universidade de Chicago e no Centro Médico da Universidade de Chicago. Foi também fundadora da delegação em Chicago da Public Allies, uma organização que prepara jovens para exercerem carreiras de serviço público.

Como parte da estratégia de marketing do lançamento do livro, Michelle Obama inscreveu-se na Community (uma plataforma de mensagens de texto SMS) e está a convidar os leitores dos Estados Unidos e do Canadá a mandarem-lhe mensagens de texto para um número de telefone divulgado publicamente. "Nenhum de nós tem que passar por isto sozinho", é o seu apelo. 

 

Segundo o grupo editorial, A luz que nos ilumina, de Michelle Obama será publicado em 14 idiomas e 27 países, com novas línguas e territórios a serem anunciados à medida que forem conhecidos.

"Baseando-se na sua experiência enquanto mãe, filha, esposa, amiga e primeira-dama, partilha os hábitos e princípios que lhe permitiram adaptar-se à mudança e superar inúmeros obstáculos – a mesma sabedoria que continua a ajudá-la a construir a história. Descreve ainda as suas preciosas técnicas, como 'ser gentil', 'aspirar ao topo' e preparar uma 'mesa de refeições' composta por amigos sinceros e mentores. Com o humor, a honestidade e compaixão que lhe são característicos, explora ainda questões relacionadas com a raça, o género e a visibilidade, encorajando o leitor a encontrar forças na sua comunidade e a viver sem medo", descreve a editora em comunicado.

Michelle Obama fez um vídeo a explicar como surgiu a ideia para este seu novo livro que partilhou nas suas redes sociais. 

 

 

 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação partilhada por Penguin Random House Portugal (@penguinlivros

 

 

O anterior livro de Michelle Obama, Becoming – a minha história, onde ela contava as suas memórias, desde a infância na área sul de Chicago à experiência enquanto primeira mulher negra a desempenhar o papel de primeira-dama dos Estados Unidos, já foi traduzido para 50 línguas e vendeu mais de 17 milhões de exemplares nos vários formatos em que foi editado.

Em Portugal, está também publicado Becoming, a Minha História para Jovens Leitores e a Rita Pimenta escreveu sobre ele. 

Até para a semana.