Os assuntos pendentes de Maria de Lourdes Modesto, o doce de tomate e as folhas de chá a voar
Falei-lhe da pele de vinha d’alhos, de Vila Franca do Campo. Maria de Lourdes fica com olhar sério, diz que nunca ouviu falar de tal coisa, saca de papel e caneta e pede-me para escrever o meu nome e morada. “Vou investigar e depois dou-lhe notícias.” Fiquei inchado que nem um pavão.
Conheci Maria de Lourdes Modesto, que morreu esta terça-feira aos 92 anos, em meados dos anos de 1990, num dos Congressos de Gastronomia do Minho, organizados por Francisco Sampaio e Nuno Lima de Carvalho. Eram encontros estupendos porque, entre debates sobre papas de sarrabulho e as estratégias para o turismo termal, havia sempre tempo para se chegar a estados etílicos alegres e em diferentes escalas, tais eram as solicitações das adegas da região para a aferição da qualidade do Alvarinho, do presunto e dos enchidos variados.
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