Incêndios – fatalidade, ou talvez não?

Que o Estado atribua a cada parcela florestal – com proprietário identificado, ou não – um título de acção em função do valor do terreno. Os proprietários cedem a gestão e o usufruto dos terrenos por 50 ou 100 anos, mas podem transaccionar e transmitir por herança os seus títulos.

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Floresta ardida em rescaldo na semana passada, em Pombal Adriano Miranda

As épocas de tragédia são propícias ao oportunismo dos que vendem soluções. Muitas delas são simples, evidentes, “à mão de semear”, e erradas ou inaceitáveis do ponto de vista do interesse colectivo, quer por falta de estudo que as sustente, quer por estarem contaminadas por inconfessáveis interesses privados. Aquilo que aqui proponho é uma solução racional, resulta de anos de reflexão, e na qual, confesso, tenho interesse, em primeiro lugar como português e, depois, como pequeníssimo proprietário florestal.

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