O dia em que o Maracanã emudeceu
O Mundial de 1950 não teve uma final. Mas o jogo da jornada decisiva, entre Brasil e Uruguai, ainda hoje é recordado como um dos episódios mais surpreendentes e dramáticos da história da competição. O “Maracanazo” aconteceu a 16 de Julho.
Estamos num dia qualquer de 1963. Há quase 300 convidados à volta do churrasco no bairro de Ramos, Rio de Janeiro. São vizinhos, amigos, gente boa. A cerveja refresca as gargantas e a alma, o braseiro continua vivo. Mas o organizador da festa está sentado em silêncio, um pouco afastado, enquanto os restos de madeira, ainda com vestígios de tinta branca, vão desaparecendo em cinzas. A vingança é um prato que se serve frio e, talvez por isso, Moacir Barbosa, guarda-redes da selecção brasileira no célebre Mundial de 1950, não encontrou paz no dia em que queimou as traves da baliza em que sofreu dois golos frente ao Uruguai.
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