Uma democracia surda às reivindicações dos cidadãos
A qualidade da democracia portuguesa está em queda, em particular na dimensão da participação política. Mas se olharmos com atenção, a participação existe mesmo entre os mais jovens, só que por novos meios. E o caso do lítio revela que as consultas públicas para pouco ou nada servem.
Nos últimos anos, Portugal tem vindo a seguir a tendência mundial para a diminuição da qualidade da democracia. Pelo segundo ano consecutivo, o país foi considerado uma “democracia com falhas” pelo Democracy Index, surgindo em 28.º lugar e caindo dois lugares face ao ano anterior, recorda Maria Fernandes-Jesus, investigadora e autora do capítulo respectivo no estudo sobre o estado da nação e das políticas públicas feito pelo Instituto para as Políticas Públicas e Sociais (IPPS-ISCTE), Recuperação em Tempos de Incerteza. Numa escala de 1 a 10, a Portugal foi atribuída uma classificação total de 7,82 em 2021, face a 7,90 em 2020.
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