As “histórias” contadas por Carlos Bica no Goethe-Institut
A fechar a edição deste ano do Jazz im Goethe Garten, o contrabaixista volta a juntar o trio que o une a Daniel Erdmann e DJ Illvibe. No Goethe-Institut, em Lisboa, esta sexta-feira, contrabaixo, saxofone e gira-discos montam um diálogo peculiar dado à contradição.
É uma história comum entre músicos de jazz. Mas, até pela sua recorrência, poucas vezes dá frutos tão entusiasmantes quanto acontece com este trio de Carlos Bica. A história é esta: há quatro anos, no papel de programador do ciclo +351 na Culturgest, Pedro Costa (também editor da Clean Feed) contactou Carlos Bica, contrabaixista português radicado em Berlim desde 1994, para a apresentação de um concerto na sala lisboeta. Bica, que na altura se encontrava em plena fase de “namoro artístico” com o saxofonista Daniel Erdmann, propôs que tocassem em duo. Só que, pouco depois, foi decidido que o concerto passaria do Pequeno para o Grande Auditório da Culturgest, e o consequente impulso orçamental permitiu juntar um terceiro músico. E Bica lembrou-se de um outro músico com quem já antes tinha tocado, figura improvável para fechar uma formação que até então contava com contrabaixo e saxofone tenor: DJ Illvibe (Vincent von Schlippenbach). Um disc jockey, verdadeiramente, mas filho de Alexander von Schlippenbach (figura maior do jazz contemporâneo e da música improvisada europeia) e, portanto, com uma cultura musical perfeita para um contexto como este.
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