GNR identifica sete activistas que invadiram refinaria de Sines

Entraram na refinaria com o objectivo de “levar um plano pela transição justa aos trabalhadores” deste complexo.

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Não é a primeira vez que a refinaria de Sines é palco de protestos Vera Moutinho

A GNR identificou este sábado sete activistas ambientais que entraram nas instalações da refinaria da Galp em Sines, no distrito de Setúbal, revelou à agência Lusa fonte daquela força de segurança.

A mesma fonte indicou que os sete activistas, todos homens, mas cujas idades não soube precisar, foram retidos pela GNR no local para que os militares procedessem à sua identificação, por “invasão de propriedade”.

“Estão retidos. Ou seja, não há detenções”, vincou a fonte do Comando Territorial de Setúbal da GNR, referindo que a força de segurança mantém um dispositivo de segurança junto ao complexo da Galp em Sines.

Segundo a fonte da GNR, os sete activistas invadiram as instalações da refinaria por volta das 8h.

Em comunicado, o colectivo Climáximo explicou que os activistas da Ação 1.5 entraram na refinaria com o objectivo de “levar um plano pela transição justa aos trabalhadores” deste complexo.

“Alguns dos activistas foram detidos pela polícia, mas o protesto mantém-se activo, com mais de uma centena de participantes em acção em diferentes entradas desta refinaria”, sublinhou o coletivo.

Para a Climáximo, a refinaria de Sines deve ter “um plano para a transição justa”, pois “não só é necessário como urgente”, e deve ser entregue “a quem deve liderar esta transição”, ou seja, a “quem trabalha na infra-estrutura”.

“Esse é o cerne da acção de hoje, em que activistas entraram na refinaria para entregar em mão um plano de transformação não só da infra-estrutura, mas de toda a região de Sines”, sublinhou o coletivo ambientalista.

De acordo com a Climáximo, os activistas chegaram a entregar o plano “a uma grande quantidade de trabalhadores que saíam dos seus turnos”.

“Não preparar uma transição agora é preparar o terreno para um encerramento à conveniência dos acionistas milionários da Galp, tal como aconteceu em Matosinhos”, acrescentou.