Fogo ainda sem controle lavra em Sever do Vouga e Águeda

Fogo já passou para o concelho de Águeda e mobiliza 373 operacionais, apoiados por 109 viaturas e oito aeronaves. Falta de acessos e vento forte dificultam o combate.

Foto
Outro grande incêndio está a ser combatido no distrito da Guarda, esta quinta-feira LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA

O incêndio florestal que começou a lavrar pelas 12h18 em Sever do Vouga e passou para o concelho vizinho de Águeda continua activo, mas começa a dar mostras de estar a ceder aos meios no terreno.

Em declarações à Lusa, pelas 21h35, o comandante do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Aveiro, José Pinto, disse que a situação está “ligeiramente favorável” apesar de o incêndio continuar com uma frente “muito activa”.

“Neste momento, começámos com o reposicionamento dos meios”, disse o comandante, adiantando que os meios aéreos também já foram desmobilizados.

O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que no local do incêndio estava tudo tranquilo, mas temia que a situação pudesse piorar com o aumento da intensidade do vento, durante a noite.

“Se isto se mantivesse assim por mais algum tempo, acho que conseguiríamos concluir aqui o nosso trabalho, mas se se confirmar a vinda do vento igual ao da última noite, toda aquela zona por onde passou o incêndio tem um potencial muito grande de poder vir a causar problemas”, disse o autarca.

Jorge Almeida referiu ainda que durante a tarde houve algumas projecções que chegaram perto da povoação de Ventoso, mas assegurou que nunca houve casas em risco. “O mais perto que chegou foi de algumas casas agrícolas, no meio das terras e afastadas da povoação, e nem essas arderam”, afirmou.

O autarca disse também que foram encerradas algumas vias para que os meios de combate aos incêndios possam circular “tranquilamente e em segurança”. “Fizemos isso em vários arruamentos à medida que o incêndio ia evoluindo, nomeadamente a Estrada Nacional 333 que esteve fechada durante um bom período”, acrescentou.

De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, pelas 21h45, o fogo, que lavra numa zona de povoamento florestal, estava a ser combatido por 375 operacionais, apoiados por 114 viaturas e um meio aéreo.

O Governo decretou a situação de alerta a partir de sexta-feira devido ao risco elevado de incêndio florestal para os próximos dias. Começa às 0h de sexta-feira e prolonga-se até ao dia 15 de Julho.