Boris Johnson nomeia novos ministros da Saúde, Finanças e Educação

Após as demissões desta terça-feira no Governo britânico, Boris Johnson tenta segurar a liderança cada vez mais tremida e anuncia mudanças nos ministérios.

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Governo de Boris Johnson enfrenta mais um escândalo político Reuters/POOL

Boris Johnson já nomeou os sucessores de Sajid Javid, antigo ministro da Saúde do Reino Unido, e Rishi Sunak, antigo ministro das Finanças, que apresentaram esta terça-feira a demissão. Com a pasta das Finanças ficará Nadhim Zahawi, que até agora liderava o Ministério da Educação. Na Saúde ficará Steve Barclay.

A substituir Nadhim Zahawi, que deixa a Educação, fica Michelle Donelan, até agora secretária de Estado das Universidades.

Apenas um mês após a liderança de Boris Johnson ter sobrevivido a uma moção de desconfiança convocada pelos deputados do próprio partido, a instabilidade regressou ao Governo britânico.

Na tarde desta terça-feira, Johnson pediu desculpa publicamente por ter nomeado para líder parlamentar o deputado Chris Pincher, acusado de assédio sexual por várias pessoas durante as últimas duas décadas. Pouco depois, Sajid Javid e Rishi Sunak anunciaram a saída através do Twitter.

“Caro primeiro-ministro. Na noite passada bebi de forma excessiva. Envergonhei-me e envergonhei outras pessoas e isso é a última coisa que pretendo fazer. Peço desculpa a si e a todos os implicados”, escreveu Pincher na carta em que anunciou a Boris Johnson a demissão do cargo de deputy chief whip — um dos responsáveis por impor disciplina de voto na bancada parlamentar. Na noite que descreve, Pincher terá assediado dois homens.

A estas denúncias somaram-se outras seis divulgadas esta segunda-feira pela imprensa britânica, acusando o conservador de comportamento sexual abusivo. Várias queixas foram apresentadas por outros deputados e pelo menos um deles contactou Downing Street para se queixar da conduta de Pincher, antigo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e próximo de Boris Johnson.

A falta de confiança em Johnson dentro do Partido Conservador já levou também à demissão dos deputados Bim Afolami e Andrew Murrison, assim como de alguns assessores ministeriais.

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