Plataforma da DGArtes ficou inacessível a menos de 24 horas do fecho de candidaturas. Prazo será alargado
O site deixou de funcionar a partir das 23h de terça-feira, a menos de 24 horas do prazo final de entrega das candidaturas ao Programa de Apoio Sustentado às Artes. A plataforma voltou a estar acessível durante a madrugada, mas com falhas que persistem. DGArtes anunciou que vai prolongar a deadline por um prazo não inferior a 48 horas.
A plataforma online da Direcção-Geral das Artes (DGArtes) ficou inacessível por volta das 23h desta terça-feira, segundo comunicaram vários artistas ao PÚBLICO, enquanto tentavam submeter as suas candidaturas ao Programa de Apoio Sustentado às Artes nas modalidades bienal (2023-2024) e quadrienal (2023-2026).
Américo Rodrigues, director-geral das Artes, disse ao PÚBLICO que vão alargar o prazo de entrega das candidaturas. O anúncio da data será realizado quando se resolverem os problemas técnicos e quando a plataforma estiver estabilizada e normalizada. “A partir do momento em que anunciarmos o prazo final, as pessoas terão pelo menos 48 horas para submeterem as candidaturas”, precisou o responsável. “É uma questão técnica que não pode prejudicar os candidatos”, sublinhou.
O crash aconteceu a menos de 24 horas do prazo final de entrega estabelecido inicialmente — ou seja, esta quarta-feira às 17h59 — daquele que é considerado o programa estatal mais estruturante de apoio às artes em Portugal, dirigido a estruturas profissionais de criação e de programação com actividade continuada, com o objectivo de garantir a sua estabilidade e consolidação.
O PÚBLICO apurou que a Plataforma de Gestão de Apoio às Artes começou a dar problemas a partir das 18h de terça-feira, não sendo possível actualizar a página de verificação obrigatória para desbloquear o botão de submeter, e que ao longo de todo o dia se registaram erros na gravação dos dados e falhas de funcionamento. O acesso geral ao login viria a tornar-se inviável cinco horas mais tarde. O site voltou a estar disponível durante a madrugada, mas ainda há falhas.
“Ainda agora, a plataforma voltou a ‘crashar’”, informou Américo Rodrigues. O motivo prende-se com “os problemas de memória” do site, que impedem ou dificultam o acesso quando há fluxos de tráfego mais intensos, como foi o caso destas últimas horas, período em que foram submetidas mais de cem candidaturas. “Os técnicos já reforçaram a memória quatro vezes desde o início destes concursos e agora vão reforçar mais três vezes.”
O director-geral das Artes adiantou ainda que estão a construir uma nova plataforma, para efeitos de candidaturas e não só, de forma a evitar falhas técnicas. “Um dos problemas que identifiquei logo na minha chegada foi o funcionamento desta plataforma”, indicou Américo Rodrigues, que assumiu o cargo em Fevereiro de 2019.
Os concursos, que abriram a 13 de Maio e correspondem a uma verbal total de 81,3 milhões de euros, incluem os domínios de criação, programação, circulação nacional, internacionalização, acções estratégicas de mediação, edição, investigação e formação, e contemplam várias áreas artísticas, entre elas, as artes performativas, as artes plásticas, a arquitectura ou o design.