Zelensky quer que a guerra acabe até ao final do ano
O Presidente ucraniano apelou aos líderes do G7 para que reforcem o apoio militar e económico ao país e que incrementem a pressão sobre a Rússia.
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos líderes do G7 que façam o que estiver ao seu alcance para permitir que a guerra acabe antes do final do ano.
Pela primeira vez, Zelensky aludiu a um prazo concreto para o fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Num discurso que não foi transmitido através de videoconferência, para os representantes do G7 reunidos na Baviera, o Presidente ucraniano disse que a guerra deve terminar até ao final do ano, antes do início do Inverno.
Desde que passou a concentrar as suas operações militares no Donbass, a Rússia tem conseguido progredir no terreno e, nos últimos dias, assumiu o controlo total da cidade de Severodonetsk, um importante ponto estratégico na província de Lugansk.
As condições climatéricas mais rigorosas do Inverno vão deixar a situação no campo de batalha mais adversa para a estratégia de contra-ataque ucraniana, explicou Zelensky, de acordo com fontes diplomáticas citadas sob anonimato pelas agências internacionais. Por isso, disse o Presidente ucraniano, os líderes do G7 devem manter a pressão máxima sobre a Rússia para que ponha termo à invasão lançada no final de Fevereiro.
Zelensky voltou a insistir nos apelos para o envio de armamento para reforçar o Exército ucraniano, sublinhando a necessidade de mais sistemas de defesa antiaérea, bem como de artilharia pesada. O Presidente ucraniano também pediu a aplicação de mais sanções contra a Rússia, apoio para a exportação de cereais e ajuda para a reconstrução das cidades afectadas pela invasão.
Os líderes do G7 (EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá e Japão) comprometeram-se a manter o apoio à Ucrânia pelo “tempo que for necessário” e garantiram que vão manter a pressão sobre a Rússia sob a forma de sanções coordenadas.
“Vamos continuar a fornecer apoio financeiro, humanitário, militar e diplomático, e vamos permanecer ao lado da Ucrânia pelo tempo que for necessário”, declararam os chefes de Estado e de Governo num comunicado conjunto.
Os países mais ricos do mundo também mostraram disponibilidade para adoptar medidas que “reduzam os lucros da Rússia, incluindo através do ouro”.
Em análise está ainda a possibilidade de virem a ser aplicados limites máximos ao preço do petróleo, de acordo com um dirigente norte-americano, citado pela Reuters. No entanto, a União Europeia tem mostrado algumas reticências em apoiar a iniciativa.
“Os objectivos duplos dos líderes do G7 são o de visar directamente as receitas de [Vladimir] Putin, sobretudo através da energia, mas também minimizar os efeitos colaterais e o impacto [da invasão] nas economias do G7 e do resto do mundo”, explicou a mesma fonte.