Uma decisão simples que ajuda (mesmo) o planeta

O tempo escasseia para salvar o planeta. Mas há decisões simples, diárias, que podemos tomar para contribuir para esse desígnio maior. Uma delas acontece, por exemplo, quando escolhemos um produto alimentar em função dos materiais de que a sua embalagem é feita. Vamos a isso?

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É verdade que não podemos julgar o conteúdo pela embalagem – da mesma maneira que não podemos conhecer uma pessoa só por olharmos para ela. Mas há uma coisa que podemos saber com base apenas no exterior: é se uma determinada embalagem é, ou não, sustentável.

O nosso desafio começa aqui: Será que há algo mais que cada um de nós pode fazer pelo planeta? Será que há escolhas mais acertadas que outras, no que às embalagens dizem respeito, quando nos encontramos indecisos entre dois produtos idênticos?

A resposta a todas estas perguntas é afirmativa e, já de seguida, vamos dizer-lhe porquê. Ao mesmo tempo, vamos ainda desafiá-lo a tomar decisões face a diferentes cenários. Preparado? Venha daí!

Se tivermos em conta que a população mundial deverá chegar aos 9,7 mil milhões, em 2050 (actualmente, ultrapassa já os 7,8 mil milhões)1, facilmente se percebe que serão muitos os problemas que iremos ter de enfrentar no futuro. E um deles é dos mais óbvios, pois prende-se com a sobrevivência imediata de todos nós. Afinal, como é que irão ser alimentadas todas estas pessoas se um em cada nove habitantes do planeta Terra já sofre, hoje, de desnutrição?2 Este é um problema real e que merece que todos pensemos sobre ele, já que, desde 2014, começou a aumentar no mundo (ao contrário do que vinha a acontecer nos anos anteriores), tendo a situação sido agravada com a pandemia de Covid-19.3 Assim, à medida que a população aumenta - e, em princípio, o seu rendimento disponível também - a dúvida que surge é clara: como é que vai ser possível alimentar convenientemente todos os habitantes do mundo?

Alimentação segura, embalagens sustentáveis

As necessidades crescentes da população mundial pressupõem que o acesso à alimentação, mais do que nunca, terá de ter em conta a qualidade, segurança e integridade nutritiva, sem esquecer que o combate ao desperdício é também o combate à fome. Desta forma, é urgente que a forma como produzimos, processamos, embalamos e consumimos os alimentos seja eficaz, até porque mais de um terço das emissões de gases com efeitos de estufa (GEE), induzidas pela acção humana, são atribuíveis a este facto.4

Ao mesmo tempo, sabe-se que a produção global de plástico atingiu 359 milhões de toneladas, em 2018, e, só os europeus, geram anualmente 25 milhões de toneladas de resíduos de plástico, dos quais apenas 30% são recolhidos para reciclagem. Como se isto não bastasse, o plástico usado nas embalagens alimentares é geralmente feito a partir de materiais fósseis, o que aumenta a utilização de recursos finitos e contribui para as alterações climáticas.5

Por tudo o que acabámos de expor, rapidamente se conclui que se, por um lado, o recurso a embalagens pode ajudar a colmatar a fome no mundo e a reduzir assimetrias na distribuição e acessibilidade de alimentos seguros e nutritivos, por outro, também o flagelo climático poderá acentuar-se devido aos malefícios reconhecidos às embalagens. Certo? A resposta é sim, claro, se estivermos a pensar nas embalagens convencionais. Mas, de facto, a realidade não é esta quando em causa estão as embalagens de nova geração, resultantes de processos inovadores de Investigação & Desenvolvimento e que assentam em duas premissas: não só são fabricadas com matérias-primas sustentáveis, como também podem ter taxas muito superiores de reciclagem.

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Dicas para decidir bem no supermercado

Mas como é que um consumidor sabe que está a tomar as decisões mais correctas e com o menor impacto possível no ambiente? A que factores deve prestar atenção no momento de escolher um alimento embalado ou um produto descartável? Reunimos aqui alguns dos critérios a ter em conta, com vista a facilitar o seu processo de tomada de decisão:

  • Materiais de origem vegetal – Escolha embalagens fabricadas com materiais renováveis de fontes responsáveis de origem vegetal, tais como o cartão ou o plástico de origem vegetal (como a cana-de-açúcar, por exemplo), em detrimento de embalagens feitas de materiais de fontes finitas, como o plástico fóssil ou o alumínio. Esta opção ajuda a reduzir as emissões de carbono e a proteger a biodiversidade e os ecossistemas naturais.
  • Apoio à gestão florestal sustentável – Ao optar por uma embalagem de cartão, assegure-se de que as florestas e todo o processo produtivo são geridos de forma a manter a sustentabilidade ambiental, social e económica. Por exemplo, a Tetra Pak assegura que 100% do cartão das suas embalagens provém de florestas certificadas pelo FSC® (Forest Stewardship Council®) e outras fontes controladas. O FSC é uma organização global, sem fins lucrativos, dedicada há mais de 25 anos a promover a gestão responsável das florestas em todo o mundo.
  • Embalagens certificadas – Todos nós podemos ser consumidores responsáveis, algo que começa na hora de escolher um determinado produto. Basta olhar para as embalagens e perceber se estas foram certificadas por entidades independentes, que atestam a forma como são produzidas e que materiais foram utilizados. Por exemplo, procure a Certificação FSC® e/ou a Certificação Bonsucro. Como referido no ponto anterior, 100% das embalagens de cartão disponibilizadas pela Tetra Pak são certificadas pelo FSC®. A empresa foi também pioneira a utilizar polímeros à base de plantas da cana-de-açúcar, certificadas pela Bonsucro, uma organização internacional sem fins lucrativos com o objectivo de assegurar a produção sustentável da cana-de-açúcar. Ambas as certificações garantem que os materiais usados no fabrico das embalagens são provenientes de fontes geridas de forma consciente e contribuem de forma responsável para a protecção da biodiversidade e apoiam as comunidades locais.
  • Tampas unidas às embalagens – A Tetra Pak está a trabalhar no desenvolvimento de embalagens de cartão para bebidas que possuam a tampa unida, que permite minimizar a proliferação de resíduos e a reduzir a pegada de carbono. A partir de 2024, este tipo de tampas serão obrigatórias na União Europeia (UE), com a entrada em vigor da Directiva de Plásticos de Uso Único (SUP), parte integrante do plano de acção da UE para promover a economia circular.

Compromisso: zero emissões até 2030

Ciente da necessidade de disponibilizar embalagens com o menor impacto ambiental possível e contribuir para a disponibilização segura e possível de alimentos em todo o mundo, a Tetra Pak comprometeu-se com o objectivo de alcançar zero emissões de GEE na totalidade das suas operações até 2030, e na sua cadeia de valor até 2050. Para o atingir, propôs-se criar uma embalagem de cartão feita apenas a partir de materiais de origem vegetal, totalmente renovável, reciclável e neutra em carbono. Para o conseguir, além do recurso às já referidas fontes renováveis e certificadas, está ainda a testar a utilização de uma película de fibra de papel para substituir a fina película de alumínio presente nas suas embalagens, essencial na protecção dos alimentos da luz, ar e de outros agentes externos.

Para cumprir esta meta, outras medidas têm sido postas em prática pela empresa, nomeadamente, a adopção de medidas de conservação de energia e melhoria de eficiência energética (desde 2011, já evitou o aumento de 23% do consumo de energia, havendo o compromisso de usar apenas electricidade 100% renovável nas suas operações até 2030); escolha de fornecedores e outros parceiros de forma a reduzir a pegada de carbono; e desenvolvimento de cadeias de valor de reciclagem, através da colaboração com clientes, empresas de gestão de resíduos, fábricas de reciclagem, municípios e associações industriais.

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Dar mais vida – e novas vidas – às embalagens

Mas saber escolher as embalagens com menor pegada ambiental não é tudo o que pode fazer. Reciclar – e reciclar bem - continua a ser obrigatório, com vista a contribuir para a circularidade e sustentabilidade. Num país como o nosso, que, de acordo com dados da Agência Europeia do Ambiente, é apenas o quinto país da UE no que toca a reciclar6, há ainda muito trabalho a fazer. A propósito disso, sabe que as embalagens da Tetra Pak (por exemplo, embalagens para leite, sumos, natas…) devem ser sempre colocadas no ecoponto amarelo? Ao fazê-lo está a permitir reduzir os resíduos, poupar recursos e contribuir para um menor impacto climático, sendo que é possível dar uma nova vida às embalagens, já que as fibras de cartão são separadas e utilizadas para produzir papel reciclado de qualidade, com o qual podem fabricar-se caixas, sacos, entre outros itens. Também o plástico e o alumínio presentes podem ser reciclados e dar origem a painéis, telhas e revestimentos de alta qualidade para edifícios, ou até podem ser usados em mobiliário.


1 Statista, disponível em: https://www.statista.com/statistics/262875/development-of-the-world- population/

2 Global Nutrition Report 2020, disponível em: https://globalnutritionreport.org/reports/2020-global- nutrition-report/inequalities-global-burden-malnutrition

3 United Nations, “Sustainable Development Goals – Goal 2: Zero Hunger”, disponível em: https://www.un.org/sustainabledevelopment/hunger/

4 Crippa, M. et al. (2021), “Food systems are responsible for a third of global anthropogenic GHG emissions”, Nature Food, 2, 198–209.

5 Tetra Pack Ibéria (2022), “Escolha Natureza. Escolha Cartão – Dossier de Imprensa”.

6 Agência Europeia do Ambiente (2021), “Waste recycling in Europe”, disponível em: https://www.eea.europa.eu/ims/waste-recycling-in-europe

7 Institute for Energy and Environmental Research (2020), “Comparative Life Cycle Assessment of Tetra Pak carton packages and alternative packaging systems for beverages and liquid food on the European market”.

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