As urgências de ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (São Francisco Xavier) e do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo vão estar encerradas entre as 20h desta segunda-feira e as 8h de terça-feira, adianta a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) no mais recente ponto de situação.

​As grávidas serão encaminhadas ou devem dirigir-se a outras unidades da região, como o Centro Hospitalar de Setúbal, o Hospital Garcia de Orta (Almada), o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (Santa Maria),o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (Maternidade Alfredo da Costa) e o Hospital de Cascais.

Mas persistem os constrangimentos que têm estado a afectar outros serviços. Até ao final desta segunda-feira, haverá períodos em que “alguns hospitais estarão a funcionar com limitações, ou seja, a desviar a sua urgência externa de obstetrícia-ginecologia para outras unidades da região”, avisa a ARSLVT.

Apesar de todas as limitações, no domingo foram realizados 46 partos nas maternidades das 13 unidades de saúde que possuem urgências de obstetrícia e, entre 10 e 12 de Junho, nas maternidades da região de Lisboa e Vale do Tejo, foram efectuados no total 192 partos, “o que atesta o funcionamento em rede das unidades do Serviço Nacional de Saúde”, segundo a ARS de Lisboa e Vale do Tejo..

Caso haja necessidade de encaminhar utentes, as equipas hospitalares articulam com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)/INEM e identificam a unidade que naquele momento tem “melhor capacidade de resposta”, explica a ARS, lamentando “o constrangimento que, apesar de todos os meios disponibilizados, não foi possível ultrapassar”.

A falta de médicos afectou principalmente as unidades da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo ao longo do fim-de-semana prolongado, mas os problemas não se restringem a esta região. Os hospitais de Braga e do Algarve, entre outros, também tiveram as urgências de obstetrícia temporariamente encerradas.

O Hospital de Braga garantiu, entretanto, que está a “envidar todos os esforços” para preencher as escalas da urgência de ginecologia-obstetrícia entre quarta-feira e sexta-feira, não confirmando a informação adiantada aos jornalistas pelo presidente do município local.

“Neste momento, as escalas ainda não estão fechadas, estando o Conselho de Administração a envidar todos os esforços para minimizar os impactos da falta de disponibilidades”, respondeu o hospital à Lusa.​

Serviços de urgência de outras especialidades foram igualmente afectados neste fim-de-semana prolongado. Por exemplo, o Hospital da Guarda esteve sem urgência de ortopedia durante alguns dias e também enfrentou limitações nas deslocações da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação). Fonte hospitalar garantiu no domingo ao PÚBLICO que a situação estaria resolvida esta segunda-feira.