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Trabalhadores da Transtejo e Soflusa iniciam greve de três dias

A greve dos trabalhadores da Transtejo e Softlusa começa este sábado e prolonga-se até segunda-feira. Os funcionários pedem aumentos salariais e mais contratação.

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Greve na Transtejo e Softlusa começa este sábado e prolonga-se até segunda-feira Nuno Ferreira Santos

Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, empresas que operam a travessia fluvial entre Lisboa e a margem Sul, iniciam, este sábado e até segunda-feira, uma greve pela valorização salarial e contratação de funcionários.

Os trabalhadores da Transtejo param sábado e domingo, pela reposição do poder de compra e valorização dos salários, enquanto os da Soflusa fazem greve no domingo e na segunda-feira.

Segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), esta é a resposta dos trabalhadores à proposta da administração, sob orientações do Governo, de 0,9% de aumentos salariais quando se verifica um aumento do custo de vida e quando a inflação se situa nos 7,2%.

A Transtejo e a Soflusa têm a mesma administração e ambas asseguram as ligações fluviais entre a margem sul do Tejo e Lisboa, sendo a Transtejo responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Além da questão salarial, os trabalhadores da Soflusa exigem também a contratação de trabalhadores. Segundo Carlos Costa, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Fluviais, a empresa precisa de mais 13 maquinistas.

“A Soflusa precisa de 13 maquinistas para completar as 34 tripulações que tem, porque só tem 11 neste momento”, explicou. Uma tripulação é composta por um maquinista, um mestre e dois marinheiros.

Carlos Costa revelou ainda à Lusa que, desde Fevereiro e até agora, os constrangimentos por falta de trabalhadores já levaram “à supressão de 900 carreiras, numa média de 20 por dia”.