Aprender com um escafandro
No Dia dos Arquivos, convém não esquecer que o que nos ensina o passado é cada vez menos produzido no presente, e por isso somos mais pobres.
Esta semana passou mais um Dia dos Arquivos, na maioria dos casos pouco se sabe sobre o que foi feito. Mas, no Barreiro, a iniciativa municipal do projecto da “Cidade dos Arquivos”, feito para as pessoas curiosas e interessadas, e não apenas para os especialistas e investigadores, resultou em pleno. Foi um caso raro de colaboração entre arquivos a nível concelhio, que contraria o fechamento e a idiota competição entre arquivos. Incluiu dois arquivos privados, o da Fundação Amélia de Mello e o Ephemera, e três arquivos públicos, o dos portos de Lisboa, Sesimbra e Setúbal, o da Baía do Tejo, que gere o “território” da antiga CUF, e o Espaço Memória, o arquivo municipal. São arquivos muito diferentes, com meios e recursos muito diferentes, coincidiram numa vontade de mostrarem que estão vivos e que não confundem memória com nostalgia. Quando se juntaram os seus “tesouros”, verificaram a enorme relevância do que “arquivam”, não só para o Barreiro, mas para Portugal.
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