Covid-19: 292 mortes e 158 mil casos numa semana

A DGS alerta que a epidemia mantém uma incidência muito elevada, mas nota-se “uma inversão da tendência crescente”. Lisboa é a região com mais novos casos.

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Na última semana, notou-se uma diminuição dos internamentos em enfermaria PAULO PIMENTA

Portugal registou, entre 31 de Maio e 6 de Junho, menos casos de covid-19, mas um maior número de mortes. Os últimos dados, divulgados nesta sexta-feira pela Direcção-Geral de Saúde (DGS), indicam também que o número de pessoas hospitalizadas decresceu, embora haja mais um doente nos cuidados intensivos, que permanecem a menos de metade do limite crítico de ocupação definido pelas autoridades de saúde.

Ao todo, houve 158.534 infecções e 292 mortes associadas ao coronavírus SARS-CoV-2. Segundo o boletim semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se mais 68 óbitos e menos 15.479 casos de covid-19. Mais de 273 mil dos casos registados desde o começo da pandemia são suspeitas de reinfecção (cerca de 5,6% do total).

“A epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com inversão da tendência crescente que se vinha a observar nas últimas semanas”, resume a DGS. “A mortalidade específica por covid-19 [50,1 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes] apresenta uma tendência crescente.”

Relativamente à ocupação hospitalar, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório. Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas menos 101 pessoas do que no mesmo dia da semana anterior (1991 no total), com mais um doente a precisar de cuidados intensivos: 108 no total. Estes internamentos em cuidados intensivos correspondem a 42,4% do limite crítico, definido como sendo de 255 camas ocupadas.

Casos aumentam na Lisboa e na Madeira

A DGS informa que a região de Lisboa e Vale do Tejo e a Região Autónoma da Madeira apresentam uma tendência crescente, enquanto as restantes regiões de saúde apresentaram uma tendência decrescente.

O índice de transmissibilidade — ou R(t) — apresenta um valor inferior a 1 a nível nacional (0,98) e na maioria das regiões do Continente, o que indica uma tendência decrescente. Este valor corresponde ao número de pessoas que são, em teoria, contagiadas por alguém com uma infecção activa.