Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber
Rússia e Turquia esperam negociar uma forma de retomar a exportação de cereais bloqueados na Ucrânia. Kiev diz que há cerca de 600 pessoas detidas em “câmaras de tortura” na região de Kherson. A Rússia controla 97% de Lugansk, mas ainda existe resistência ucraniana, diz o governador da região. Os detectores de radiação da área da central de Tchernobil voltaram a transmitir dados. Os níveis de radiação estão normais.
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- Especial: Guerra na Ucrânia
Actualizado às 00h30
► Costa diz que preços dos combustíveis só vão baixar “quando guerra parar e quando for restabelecida a normalidade no fornecimento de combustível”, garantindo que já não há entraves políticos às interconexões energéticas entre a Península Ibérica e o resto da Europa.
► Autoridades pró-Rússia na região ucraniana de Zaporíjia anunciaram o transporte, por comboio, do primeiro lote de cereais com destino à península da Crimeia. Os cereais foram transferidos a partir de Melitopol a bordo de onze carruagens, explicou Yevgueni Balitski, chefe da administração civil-militar de Zaporíjia.
► Os detectores de radiação da área em redor da central nuclear de Tchernobil voltaram a transmitir dados ao sistema de monitorização da Agência Internacional de Energia Atómica. Isto acontece pela primeira vez desde dia 24 de Fevereiro. As medições indicam níveis normais de radiação.
► A Rússia e a Turquia esperam negociar um mecanismo que permita retomar a exportação de cereais para fazer face à crise alimentar global. Mas a profunda desconfiança de Kiev em relação ao Kremlin deve manter o impasse. A Ucrânia diz precisar de seis meses para retirar todas as minas deixadas perto dos seus portos no mar Negro, afirmou o vice-ministro da Política Agrária e Alimentação da Ucrânia, Taras Vysotskyi.
► Portugal não terá rupturas no abastecimento de cereais, garante a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, admitindo estar preocupada com a escalada de preços e a incerteza quanto à duração da guerra na Ucrânia.
► Cerca de 600 pessoas estão detidas em “câmaras de tortura” na região de Kherson, diz Kiev. De acordo com o Guardian, Tamila Tacheva, representante permanente da presidência ucraniana na Crimeia, afirma que os prisioneiros “estão detidos em condições desumanas e são vítimas de tortura” e são “principalmente jornalistas e activistas” que organizaram “comícios pró-ucranianos em Kherson e na sua região”.
► A Rússia controla 97% de Lugansk, afirmou o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu. O ministro afirma que as forças russas tomaram os bairros residenciais de Severodonetsk. O governador de Lugansk, Serhiy Haidai, admitiu que as forças russas controlam os arredores industriais da cidade, mas diz que ainda existe resistência.
► O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que Rússia está a usar alimentos como “míssil furtivo" contra os países em desenvolvimento, sendo a culpada pela crise alimentar global. Em resposta, o embaixador da Rússia na ONU abandonou a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas onde estas palavras foram proferidas.
► Obras russas, como Guerra e Paz, de Tolstoi, serão retiradas dos programas curriculares das escolas na Ucrânia. O Ministério da Educação anunciou ainda mudanças em várias disciplinas e a introdução de um novo bloco sobre segurança antiminas. O objectivo do Governo é alertar as crianças para o perigo dos engenhos deixados pelas tropas de Moscovo.
► Novos dados da ONU referem que já morreram 4253 civis (dos quais 67 eram crianças) e 5141 ficaram feridos desde o início da invasão.