A adesão da Finlândia e Suécia à NATO: mudam-se as vontades
A recusa da Aliança Atlântica em impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, para impedir os bombardeamentos da aviação russa, tornou evidente que o mecanismo de defesa colectiva se aplica exclusivamente aos membros de pleno direito da NATO.
Com o advento da guerra na Ucrânia, que acelerou a História das Relações Internacionais, mudaram-se os tempos. E mudaram-se as vontades sobre a adesão à NATO, entre as elites políticas e as opiniões públicas, na Finlândia e Suécia. No passado dia 18 de Maio, os representantes dos dois países apresentaram, em Bruxelas, os respectivos pedidos de adesão à Aliança Atlântica, na sequência de um processo político-diplomático sincronizado - em muito diferente daquele ocorrido há 30 anos no tocante aos pedidos de adesão à União Europeia (UE). Nessa altura, não se assistiu a uma coordenação bilateral, nem mesmo uma prévia consulta mútua, tendo a Suécia enviado a sua “carta a Bruxelas” em Julho de 1991 e a Finlândia em Março do ano seguinte.
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